35. O Epitáfio**
Jober Rocha*
Epitáfio são palavras ou textos colocados sobre túmulos ou mausoléus, traduzindo pensamentos próprios dos que ali se encontram em eterno repouso ou então, que, para eles, foram formulados por parentes, amigos e admiradores. Os epitáfios costumam ser pequenos, como era o de François Robespierre, líder da Revolução Francesa, que enviou dezenas de pessoas para a guilhotina: “Passante, não chore a minha morte. Se eu estivesse vivo, você talvez estivesse morto”.
Quanto ao meu, antes que alguém o faça por mim, deixo já, por escrito, um texto que poderia servir para tal finalidade. Quando se passa de determinada idade, é conveniente ter todos os documentos em ordem e em local acessível. Assim, para aqueles leitores que tiverem a benevolência de chegar até ao final desta matéria, segue aquele que poderia ser o meu epitáfio:
“Desde o primeiro momento em que encarnei neste planeta, sem mesmo saber, conscientemente, por que razão o fazia, tenho sido constantemente enganado por amigos, parentes, conhecidos e, até mesmo, por pessoas estranhas; todos eles, em uma ou outra ocasião, encarregados direta ou indiretamente da minha instrução e do aprimoramento do meu aprendizado ou dos meus desenvolvimentos intelectual e cultural.
Muitos deles, embora de mim gostassem, me enganavam por ignorância e por haverem sido eles próprios, também, enganados por aqueles que tiveram a missão de instruí-los anteriormente, perpetuando, assim, um círculo vicioso que eu tive o bom senso de interromper. Outros (para quem eu era pessoalmente neutro ou que, até mesmo, não chegassem a simpatizar comigo), talvez intuíssem ou realmente conhecessem, por haverem estudado e pesquisado por conta própria, uma pequena parcela da verdade sobre alguns fatos e acontecimentos importantes da História da Humanidade; mas, não sei por quais razões, preferiram reproduzir as versões oficiais destes fatos e acontecimentos, mesmo não sendo tais versões verdadeiras.
Alguns, bem poucos (o que só vim a perceber mais tarde), realmente, conheciam parte da verdade, mas não a divulgavam para os demais, de forma exotérica, por interesses próprios (interesses estes de caráter econômico e ideológico), vinculados a manutenção do poder que possuíam, apenas o fazendo no âmbito do grupo a que pertenciam e de forma esotérica. Digo parte da verdade, porque a verdade inteira é apenas do conhecimento daquele que tudo criou. Digo interesses de caráter econômico e ideológico, porque alguns poucos grupos detentores (de modo transparente ou de forma velada) do poder mundial, escondem a parcela da verdade que conhecem, com vistas a manter o poder e a hegemonia que já alcançaram ao longo da História.
Por outro lado, no início do meu aprendizado, aquilo que eu assimilava através da Mídia também vinha sempre eivado de um viés político e ideológico; viés este que, infelizmente na ocasião, eu dele ainda não me apercebia. Assim, durante certa fase da existência, tudo aquilo que eu assimilei, daqueles encarregados de me instruir ou dos meios de comunicação que acessava, contribuiu para me afastar do cerne das questões realmente importantes da existência humana, questões estas há milênios formuladas e estudadas pelos filósofos e que, embora ainda sem respostas no presente, podem ser resumidas nestas três indagações fundamentais: Quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos?
As tentativas de encontrar respostas a estas três perguntas foram e ainda são buscadas no âmbito da Religião, da Ciência e da Filosofia. Nenhuma destas, no entanto e a meu ver, tem sido capaz de respondê-las integralmente, de modo a satisfazer a nossa ânsia pelo conhecimento e de não restar mais dúvida em nossos corações e em nossas mentes.
A razão para tanto, talvez seja devido a um único motivo, motivo este que, seguramente, tem passado despercebido de religiosos, cientistas e filósofos; bem como, de todos aqueles que tentam encontrar uma resposta que os satisfaça plenamente, e que pode ser sintetizado da seguinte forma: se, ao encarnarmos em uma existência, nos esquecemos de tudo aquilo que conhecíamos quando ainda estávamos no plano espiritual (como afirmam as religiões), por que razão haveríamos nós de, logo após encarnados, encontrar as soluções para estas três perguntas mencionadas anteriormente, cujas respostas carecem daquele conhecimento que esquecemos ao encarnar e que só voltaremos a conhecer novamente após havermos desencarnado? Não seria um contra-senso do Criador, apagar da nossa mente, ao encarnarmos, uma informação tão importante; mas cujo conhecimento, segundo a religião, poderia prejudicar o nosso desempenho na existência atual; para tornar esta informação conhecida de suas criaturas, pouco mais a frente, ainda naquela própria existência?
Assim, eu pude constatar após haver me libertado de todos os mestres, professores e doutrinadores que tive; bem como depois de haver iniciado as minhas próprias pesquisas e investigações, que existe, intencionalmente por parte de alguns iniciados e por ignorância por parte de outros, um verdadeiro Véu de Maya escondendo ou dissimulando a pequena parcela da verdade, sobre as três questões fundamentais mencionadas, que poucos seres humanos algum dia chegaram a conhecer.
Esta pequena verdade, que poucos chegaram a ter conhecimento e que lhes possibilitou arranharem a casca que envolve o ovo da criação, nos tem sido escondida, escamoteada ou apresentada distorcida, principalmente, por parte das religiões; mas, também, de forma deliberada por parte da Filosofia e, por vezes, da Ciência oficial, eivadas estas, sempre, por interesses de ordem ideológica e que traduzem a verdade que os detentores do poder mundial desejam que seja divulgada. Se em algumas ocasiões as teorias científicas e filosóficas se contradizem, estas são contradições consentidas e visam, principalmente, deixar a todos confundidos. A Mídia, da mesma forma, diária e deliberadamente, divulga informações contraditórias com o mesmo objetivo.
O que buscam os senhores proprietários do nosso Planeta Terra, fundamentalmente, é o domínio dos corações e das mentes dos indivíduos, não importando se, para tanto, toda a Metafísica, toda a Filosofia e toda a Ciência que nos são apresentadas sejam lastreadas em meias verdades ou em inverdades e edificadas em solo pantanoso.
A cada dia que passa mais evidências temos da existência de seres de outros planetas ou de outras dimensões, que visitam a minúscula Terra em que vivemos e onde temos estado, até então, mantidos cativos em tão vasto Universo. Os governos dos principais países desenvolvidos, oficialmente, tentam esconder estas visitas e os eventuais contatos imediatos que, porventura, já tenham sido realizados com tais seres, buscando ridicularizar e descaracterizar as informações que diariamente chegam de diversas partes do mundo, sobre observações de naves e contatos com seres alienígenas.
O assunto é muito sério para ser tratado apenas por governos, sem a participação de toda a comunidade humana. A cada dia que passa mais conhecimentos temos da existência de inúmeras grandes civilizações que precederam a nossa neste ínfimo planeta e cujas idades remontam a centenas de milhares de anos, contrariando, desta forma, tanto a Ciência oficial quanto as Religiões. Monumentos, objetos e fósseis descobertos, indicam a presença de seres humanos, bem como de povos e raças, com existências muito mais antigas do que aquelas até então supostas; alguns destes povos com tecnologias desconhecidas, mas, seguramente, até superiores à nossa na atualidade (como exemplos, eu cito as pirâmides e os monumentos a prova de terremotos, contendo blocos de pedra perfeitamente talhados, alinhados e encaixados, pesando mais de 40 toneladas e impossíveis de terem sido fabricados por povos primitivos, sem uma tecnologia igual ou superior a nossa).
A ciência oficial tem procurado esconder estas evidências, como também evitado divulgar filmes, fotos e informações sobre esqueletos encontrados em escavações na Índia e nos USA, principalmente, com mais de cinco metros de comprimento, ademais de esqueletos com crânios pontiagudos, totalmente diferentes dos crânios humanos. A cada dia novas descobertas, feitas em escavações ao redor do mundo, nos trazem uma versão distinta para antigos evangelhos da religião ocidental dominante (como por exemplo, os recém descobertos Evangelhos de Tomé, de Filipe, de Madalena, de Barnabé, o Apocalipse de João e os Manuscritos do Mar Morto, que delineiam uma visão gnóstica da Cristianismo), demonstrando, assim, que parece existir outra história sobre Jesus Cristo e a sua época, ainda não contada, além daquela relatada oficialmente pela religião e por alguns historiadores.
Relatos recentes de ex-astronautas, de engenheiros e de outras pessoas que trabalharam para o governo dos USA, nos dão ciência de que existem cerca de cinqüenta e sete raças distintas de seres extraterrestres que nos visitam, com certa regularidade, desde a antiguidade; algumas sem interferir em nossas vidas, mas, outras, já tendo mantido contato com as autoridades daquele país.
Alguns destes relatos indicam que a raça humana, como hoje se apresenta, foi fruto de modificações genéticas feitas, ao longo da História, por alguma destas raças que nos têm visitado. Tais experimentos teriam sido conduzidos em seres menos evoluídos que já existiriam em nosso planeta. Alguns avanços tecnológicos recentes (como equipamentos de micro-ondas, a invisibilidade de aeronaves aos radares, vários novos equipamentos óticos de visão noturna, novas ligas metálicas, kevlar, etc.), já seriam fruto de tecnologia recebida, pelo governo dos USA, principalmente, através do contato com determinada raça alienígena. Volto a dizer que estes são assuntos de transcendental importância para o futuro da humanidade, para que a sociedade humana seja mantida afastada e alienada, sem participar do seu desenrolar.
O fato é que a hipótese da existência de uma conspiração, partindo de alguns poucos detentores do poder mundial (é sabido que todo o poder no mundo encontra-se nas mãos de apenas treze famílias), visando à total e definitiva dominação das populações, cada dia se confirma de forma mais intensa e seus exemplos principais são: a criação de um chip, a ser obrigatoriamente implantado em todas as pessoas, de forma a permitir aos governos controlarem a vida e a localização dos seus cidadãos; a criação de fóruns mundiais de natureza judiciária, ambiental, econômica, militar e política, para decidir medidas comuns que deverão ser adotadas por todos os países membros; a tentativa de implantação de um governo mundial, ainda não conseguida por razões de ordem religiosa, já que, para tanto, consideram necessário unificar primeiro as diversas religiões existentes (o que já tem sido proposto pelo atual papa católico); a abolição de fronteiras e a criação de uma moeda única (já levadas a termo no continente europeu e tentadas, atualmente, na América do Sul); a espionagem eletrônica exercida sobre todas as formas de comunicação usadas pelos indivíduos nos vários países do mundo (internet, telefones, celulares, fax, rádios, etc.), etc.
Muitos pesquisadores afirmam que nossos líderes políticos e mandatários, a nível mundial, são apenas representantes de grupos e de entidades subterrâneas (na medida em que não se tornaram ainda conhecidos os seus integrantes, por agirem sempre nos bastidores) e que, agindo em todos os continentes e segundo os seus interesses próprios (que podem, algumas vezes, ser até mesmo conflitantes) são as causas de tudo aquilo de bom e de ruim que ocorre no planeta.
Desta forma, você, mortal como eu, que me lê neste momento, aceite de bom grado os seguintes conselhos, oriundos de alguém que, tendo chegado antes de você nesta existência, agora parte para os caminhos do além, sem deixar e nem levar saudades desta breve passagem pelo planeta.
Recomendo-lhe muito cuidado com as escolhas que fizer ao longo da sua vida; bem como, sugiro-lhe que desconfie sempre de tudo aquilo que lhe apresentarem como sendo a mais alta expressão da verdade, notadamente se tais verdades forem apresentadas por religiosos, por políticos, por economistas e por advogados. Busque alcançar o conhecimento, basicamente, através de você mesmo e de seu esforço pessoal de pesquisa e investigação; tendo o discernimento de saber eleger aquilo que a sua própria consciência apontar como verossímil e, portanto, como possivelmente verdadeiro. Compreenda que tanto a Religião quanto a Filosofia são criações humanas e, como tais, necessariamente, não traduzem verdades indiscutíveis e insofismáveis.
Entenda também que a Ciência e as suas Leis (formuladas originalmente pelo Criador e descobertas a pouco e pouco pelo ser humano), podem ser utilizadas a favor e contra os interesses da maioria dos seres humanos. A sua verdade nesta vida terá que ser, inexoravelmente, construída por você mesmo.”
_**/ Publicado na Revista Lavra, ano l, nº l, maio de 2016. Rio de janeiro, RJ.
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