26. A Raça Humana estará à altura das novas exigências do futuro?
Jober Rocha*
A marcha com que a destruição meio ambiental caminha, na atualidade, é sem precedentes na história da humanidade. Os seres humanos têm alterado de tal forma a vida no planeta que estão deixando para trás, nos sedimentos e no gelo dos pólos terrestres, uma série de sinais que identificarão, futuramente, para aqueles que eventualmente sobrevivam, a passagem desta nossa atual grande civilização (que alguns cientistas consideram como a quarta ou a quinta grande civilização a ter sua existência neste planeta, desde o início dos tempos). Os sinais que deixaremos são suficientemente diferentes daqueles deixados até então, para justificar o reconhecimento pelas gerações futuras de uma época geológica característica. Esta época que estamos vivendo já foi batizada por alguns cientistas de Antropoceno e teria, segundo eles, se iniciado em meados do século passado. O que a caracterizaria seria o consumo exagerado de determinados materiais, como o alumínio, o concreto, o plástico, o ferro e o aço e também as conseqüências das explosões nucleares e da emissão de gases oriundos da queima de combustíveis fósseis, gases estes que provocaram o Efeito Estufa e suas danosas conseqüências ao meio ambiente terrestre.
Estas marcas da nossa atual civilização estão, assim, sendo deixadas nos sedimentos da crosta terrestre (excesso de metais, de plásticos, de concreto, rádio-nuclídeos gerados pelas explosões nucleares, partículas de cinza, oriundas da queima de combustíveis, resíduos de pesticidas, de inseticidas e de adubos químicos, lixo inorgânico, etc.). Em razão da degradação ambiental, inúmeras espécies animais e vegetais já foram extintas e outras tantas caminham para tal. As águas de quase todos os rios, lagos, lagoas, mares e oceanos encontram-se poluídas com o lixo urbano e contaminadas com metais pesados, compostos organofosforados, hidrocarbonetos, plásticos, etc. As doenças oriundas de vetores como os insetos e os ratos expandem-se pelo mundo, sem falar naquelas disseminadas por vírus e por bactérias, muitas destas, na atualidade, já resistentes a qualquer tipo de antibióticos. Desastres ambientais, por sua vez, como aquele ocorrido em Mariana, Minas Gerais, aceleram o processo de degradação ambiental e de eliminação de espécies animais e vegetais.
As guerras por motivação econômica, estratégica, religiosa ou, simplesmente, para a redução da população mundial, se sucedem nos quatro cantos do planeta, ceifando milhões de vítimas entre civis e militares. Milhões de refugiados, fugitivos destas guerras, invadem diversos países europeus em busca de salvação e de sobrevivência, contribuindo para a modificação dos costumes locais e gerando, muitas vezes, ódios por parte daqueles que tiveram o seu dia a dia modificado, para pior, pelos invasores e por suas demandas por habitação, alimentos e empregos.
A moral e os costumes modificam-se do dia para a noite. O próprio papa, Francisco, reconhece que não há fogo no inferno e que Adão e Eva não são reais, modificando crenças e dogmas milenares no ocidente. Segundo o papa, o inferno seria apenas um artifício literário; isto é, uma metáfora da alma. Assim, para ele, a igreja já não acreditaria em um inferno literal, onde os espíritos sofreriam e padeceriam em razão de seus pecados quando encarnados, coisa incompatível com o infinito amor do Criador. A moral estabelecida pela igreja, em tempos de ateísmo, está sendo substituída pelo Comportamento Politicamente Correto; definido este por critérios ideológicos. As populações crescem a taxas elevadas, esgotando os recursos naturais e fazendo com que surjam teorias conspiratórias afirmando existir, de forma deliberada, por parte da pequena elite mundial que comanda as ações humanas a influenciarem os destinos do planeta, procedimentos vários que objetivariam eliminar este excesso populacional, reduzindo o população mundial para alguma coisa em torno de 6 a 7 bilhões de pessoas.
Astrofísicos afirmam que existe vida extraterrestre e que algumas raças alienígenas nos visitam, com freqüência, desde há muito tempo. Afirmam, inclusive, que em alguns locais do Cosmos, estas raças poderiam ser de natureza biológica e robótica; já que, civilizações extremamente avançadas poderiam ter se desenvolvido ao ponto de se tornarem máquinas vivas, nas quais a Biologia trabalharia integrada com a Informática, com a Química e com a Mecânica.
A possibilidade de estarmos sendo visitados, observados e analisados por seres de outros mundos é enorme, haja vista as inúmeras aparições de objetos voadores não identificados pelos céus do nosso planeta, aparições estas comprovadas por radares, fotos, agroglifos (crop circles), filmes e, mesmo, por declarações de autoridades militares e civis. Tais seres, com toda a certeza, estarão muito mais avançados tecnologicamente do que nós. Sabemos que no passado, na época dos descobrimentos terrestres e da colonização de novos territórios, os povos mais atrasados, notadamente da América e da África, foram quase inteiramente dizimados e totalmente espoliados de seus bens, pelos invasores europeus. Populações inteiras foram escravizadas e postas a trabalhar para os conquistadores. Estaria, em pleno século XXI, a raça humana em vias de sofrer um novo processo de colonização, desta vez por outras espécies ou raças planetárias?
Sendo verdadeira esta possibilidade, nossas autoridades e nossos líderes militares estariam em condições de proporcionar algum tipo de defesa para a proteção das populações ameaçadas? Seríamos capazes de superar uma tentativa de invasão alienígena?
Caso tivéssemos de passar por uma prova como esta, estaríamos aptos a enfrentá-la através da união de todos os países da Terra? Seríamos capazes, portanto, de superar tudo aquilo que nos afasta e nos desune como espécie, como, por exemplo: as línguas, as raças, as religiões, as ideologias, os sistemas econômicos e políticos? Conseguiríamos, a partir de então, superar o nosso atraso milenar, tanto científico, quanto tecnológico, social, político, etc.? Seremos capazes, no futuro, mesmo que não venhamos a enfrentar ameaças extraterrestres, de refrear a destruição ambiental que até agora promovemos e de recuperar os rios, a fauna e a flora já degradados; ou o nosso destino, como espécie, é o de deixar para trás os planetas que destruímos e partir, eternamente, em busca de novos planetas objetivando colonizá-los e neles, nos estabelecermos para mais uma jornada (o que, parece, pretendemos fazer com Marte já nos próximos anos), como pensam alguns cientistas?
Encontraremos no futuro novas formas de convivência social, nas quais a maioria das pessoas não seja mais tiranizada e explorada por poucas? Conseguiremos, enfim, nos transformar em senhores de nossos próprios destinos, como humanos, ou estaremos fadados a ser, para sempre, vassalos em uma servidão consentida, vivendo em um planeta degradado e comandados por seres oriundos do espaço ou, mesmo, como até agora tem ocorrido, por outros seres tão humanos quanto nós?
_*/ Economista, M.S. e Doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.
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