quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

340. A importância dos formadores de opinião, para o futuro do Brasil 


Jober Rocha*



                                   O aparelhamento das instituições que fazem parte dos três poderes da república, nas últimas décadas de governos de esquerda; bem como, a destinação de verbas públicas para diversos meios de comunicação privados, visando cooptá-los para a apologia de tais governos e para o panegirico das suas autoridades, já são sobejamente conhecidos pela maioria dos brasileiros.
                                                No atual governo do presidente Jair Bolsonaro estas aberrações foram reduzidas; mas, ante a eminência de uma total aniquilação, elas como que buscaram novas forças que lhes proporcionassem uma sobrevida, mesmo que por pouco tempo. 
                                                 Assim é que o presidente e a sua equipe de governo têm enfrentado diversos percalços, partidos de simpatizantes e membros remanescentes dos governos de esquerda que ainda permanecem nas instituições governamentais dos três poderes da república. Da mesma forma a grande mídia, anteriormente mantida com dinheiro público, ao ter fechada a torneira governamental pela qual as verbas se esvaiam em grande escala, passou a promover intensa campanha de críticas, difamações, inverdades, etc., tendo como alvo o presidente, sua família e a equipe de governo.
                                                   A população brasileira, aos poucos, tem tomado ciência através da pequena mídia ou da mídia alternativa, representada pelas redes sociais da WEB, de todo um quadro de guerra assimétrica que se delineia em nosso país, envolvendo interesses internos e externos milionários ou, até mesmo, bilionários.
                                            De um lado interesses puramente ideológicos, que desejam o continente sul americano totalmente comandado por governos comunistas. De outro, aventureiros nacionais e estrangeiros que vislumbraram o lugar ideal para fazer grandes fortunas, contando, para tal, com um povo inculto, inocente, submisso e despolitizado.
                                                  A principal batalha no âmbito desta guerra tem, pois, como teatro de operações as mentes dos brasileiros. Não é por outra razão que os governos de esquerda alimentavam os meios de divulgação com enormes verbas publicitárias, de forma a que só veiculassem assuntos enaltecedores e de interesse do governo, como também suprimissem qualquer notícia negativa que expusesse à mostra as suas podres entranhas; não é por outra razão que as escolas e universidades públicas foram totalmente tomadas de assalto por ativistas e militantes político-ideológicos de esquerda, encarregados da preparação de gerações de jovens que, se por um lado terminavam os cursos despreparados para as profissões técnicas que haviam escolhido, por outro, saiam bem preparados para a militância política e para o ativismo de esquerda.
                                                  Desfazer este estado de coisas tem sido muito difícil para o novo governo, que conta com inimigos reais dentro e fora do país; inimigos estes que, em vias de perder seus benefícios financeiros imorais e ilegais; bem como, de alcançar seus objetivos políticos e ideológicos espúrios, não hesitam em combater com métodos desleais e desonestos.
                                           Mesmo em uma guerra tradicional, determinados critérios, métodos e ações são respeitados pelas partes envolvidas no conflito, de modo a preservar populações civis indefesas e evitar degradar ou destruir o meio ambiente, por exemplo.
                                             Na guerra assimétrica revolucionária comunista, no entanto, vale tudo. Seus ideólogos e dirigentes não respeitam nada e ninguém, fazendo uso do terrorismo e do ecoterrorísmo em todas as frentes, com bastante frequência. Tudo é justificável por eles, quando se trata de atingir os seus objetivos de conquista do poder de forma global, inclusive incendiar florestas, poluir os mares costeiros com despejos de petróleo e destruir propriedades agroindustriais produtivas, dentre outras ações. 
                                          Como essa nefasta ideologia que serve de suporte ao comunismo é, principalmente, materialista e contrária a qualquer religião (que consideram como o ‘ópio do povo’ - famosa frase presente na Introdução à ‘Crítica da Filosofia do Direito’ de autoria de Hegel e de Karl Marx), não hesitam em destruir o meio ambiente e suas espécies, na busca pelos objetivos de conquista do poder; o que não fariam caso fossem panteístas, politeístas ou, mesmo, monoteístas; para os quais, filosoficamente, destruir a Natureza é o mesmo que destruir os Deuses que a compõem ou ofender o Deus que a criou.
                                          Em vista do exposto, considero cada vez mais importante o papel dos formadores de opinião brasileiros, que não comungam da ideologia marxista nem do roubo descarado dos recursos públicos por parte de uma elite cleptocrata encastelada desde décadas no poder e que dita as regras, à revelia do povo e do novo presidente, dificultando ou impedindo mudanças que se fazem urgentemente necessárias para o nosso desenvolvimento atual e futuro. 
                                            Tais formadores de opinião devem seguir cumprindo seus importantes papéis no esclarecimento da nossa população, mesmo que imaginem estar falando para ouvidos moucos ou escrevendo para deficientes visuais que não conseguirão ler suas matérias, pois, sem eles, esta ‘guerra santa’ travada em nosso país, na atualidade, contra ‘forças do mal’ estará inexoravelmente perdida. Lembremo-nos que a vitória quase impossível de um simples deputado, sem nenhum recurso ou apoio financeiro de grupos econômicos, que conseguiu vencer seu milionário rival nas urnas, rival este que contava com todo o apoio da grande mídia, foi, sem dúvida, um verdadeiro milagre.
                                          Nossos oponentes, como já dito anteriormente, fazem uso de todos os meios disponíveis para denegrir o atual governo, notadamente se utilizando das chamadas ‘fakes news’ que, posteriormente demonstradas serem falsas, não são por eles desmentidas e permanecem como sendo verdades para a população em geral. 
                                              Para neutralizá-las é importantíssimo que os patriotas formadores de opinião, fazendo uso da oratória ou da pena, sem pejo, temor ou vergonha, comentem, argumentem, debatam e esclareçam a nossa população, em todas as oportunidades e em todos os locais. Nossos inimigos fazem isto diuturnamente. Temos que fazer melhor do que eles para sobrepuja-los junto aos corações e às mentes de nossos cidadãos, ávidos por entender o que se passa neste conturbado e rico país, onde uma minoria de criminosos, tradicionalmente, vem se apropriando dos frutos do trabalho de todos, enganando-os com falsas promessas de um paraíso terrestre sob a denominação de socialismo bolivariano.
                                              Só não dizem que este paraíso que prometem logo se transformaria em um verdadeiro inferno (como alguns exemplos existentes no continente, tais quais Cuba e Venezuela, bem o demonstram) e que os deuses responsáveis por criarem estes supostos paraísos (que seriam esses, mesmos, criminosos) logo se mostrariam como os verdadeiros demônios que, na realidade, nunca deixaram de ser.


_*/ Economista e Doutor pela universidade de Madrid. Membro titular da Academia Brasileira de Defesa – ABD e do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos – CEBRES.


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