175. Cristianismo versus Islamismo: qual deles vencerá desta vez?**
Jober Rocha*
O filósofo francês François Marie Arouet (1694-1778), conhecido como Voltaire, em sua obra ‘Dicionário Filosófico’, menciona um dialogo extraído da obra ‘Espelho dos Fiéis’, de Ben-Aboul-Kiba, que apresenta a seguinte conversa entre um muçulmano (árabe) e um cristão (europeu), a mesa do café:
Muçulmano
“Cão cristão, por quem tenho uma estima toda particular, podes bem reprovar-me por ter quatro mulheres segundo nossas santas leis, enquanto esvazias doze tonéis por ano sem que eu beba sequer um copo de vinho? Que bem fazes ao mundo passando mais horas à mesa do que eu no leito? Todos os anos eu posso dar quatro filhos para o serviço do meu augusto senhor e tu podes fornecer apenas um. E que é o filho de um bêbado? Seu cérebro será ofuscado pelos vapores do vinho que bebeu seu pai.
Que queres que eu me torne quando duas de minhas mulheres estão menstruadas? Não é preciso que me sirva das duas outras assim como minha lei ordena? E tu, em que te tornas e que papel fazes nos últimos meses da gravidez de tua única mulher, durante suas menstruações e durante suas doenças? É preciso que permaneças numa ociosidade vergonhosa, ou que procures outra mulher.
E assim fica jogado, necessariamente, entre dois pecados mortais que te farão, depois de morto, cair duro nos quintos dos infernos.
Supondo que em nossas guerras contra os cães cristãos tenhamos perdido cem mil soldados, teremos cerca de cem mil mulheres a prover. Não cabe aos ricos tomar conta delas? Maldito seja todo muçulmano bastante morno para não abrigar em casa quatro belas mulheres como suas legítimas esposas e para não tratá-las segundo seus méritos.
Em teu país, como fazem a trombeta do dia (que chamas de galo), o honesto carneiro, príncipe dos rebanhos, o touro, soberano das vacas? Cada um deles não possui um serralho? Assenta-te muito bem reprovar minhas quatro mulheres, quando o grande profeta teve dezoito, Davi, o judeu, a mesma quantidade, e Salomão, o judeu, setecentas bem contadas e mais trezentas concubinas!
Vede quão modesto sou. Cessa de reprovar a gulodice de um sábio que faz refeições tão medíocres. Permito-te beber, permita-me amar. Mudas de vinho, tolera que eu mude de mulheres. Que cada um deixe viver os outros à moda de seu país. Teu chapéu não foi feito para ditar leis ao meu turbante. Teu colarinho e teu casaco não devem ordenar ao meu dólmã. Acaba de tomar comigo teu café e vai acariciar tua alemã, já que estás reduzido a ela somente”.
Cristão
“Cão muçulmano, por quem conservo uma profunda veneração, antes de acabar meu café quero confundir seus ditos. Quem possui quatro mulheres possui quatro harpias, sempre prontas a se caluniarem, a se baterem. O lar torna-se antro da discórdia e nenhuma pode amar-te.
Cada uma só dispõe de um quarto da tua pessoa e não te poderia dar mais do que um quarto do teu coração. Nenhuma pode tornar-te a vida agradável: são prisioneiras que, nunca tendo visto nada, nada podem dizer-te. Só conhecem a ti, por conseguinte tu a entedias.
És tu o seu senhor absoluto, portanto te odeiam. És obrigado a guardá-las por um eunuco, que as chicoteia, quando elas fazem muito barulho. Ousas comparar-te a um galo! Porém, nunca um galo mandou chicotear suas galinhas por um capão. Toma teus exemplos dos animais, pareça-te com eles quanto quiseres. Quanto a mim quero amar como homem, quero dar todo o meu coração e que minha esposa também me dê o seu.
Esta noite contarei nossa conversa a minha mulher e espero que fique contente. Quanto ao vinho que me reprovas, fica sabendo que, se é um mal beber na Arábia, é um habito muito louvável na Alemanha. Adeus”.
Este diálogo, com no mínimo 250 anos de existência, bem retrata a animosidade existente entre cristãos e muçulmanos, desde há muito, em razão de costumes diferentes e de religiões distintas. As falácias e os sofismas utilizados com freqüência nas discussões entre adeptos de ambas as religiões, como sempre, fazem com que os dois lados pareçam ter razão, em seus pontos de vista, aos olhos e ouvidos daqueles que os vêm e ouvem, sem conhecer, com profundidade, as origens, os fundamentos e as divergências históricas de ambas as religiões e de seus seguidores.
Desde o ano de 1095, data da primeira Cruzada à Jerusalém (na Terra Santa da Palestina), até o presente, isto é, novecentos e vinte e três anos depois, em 2018, cristãos e muçulmanos ainda se enfrentam pelos quatro cantos do planeta, sejam em combates de tropas regulares, sejam em episódios de guerrilhas nos campos e nas cidades ou em atos de terrorismo.
A oitava cruzada terminou em 1270, com a morte de Luiz IX, vitimado por uma peste na cidade de Túnis e, se, por um lado, elas aprofundaram a hostilidade entre o cristianismo e o Islã, por outro, estimularam os contatos econômicos e culturais para benefício permanente da civilização européia. O comércio entre a Europa e a Ásia Menor aumentou consideravelmente e a Europa conheceu novos produtos, em especial o açúcar e o algodão. Os contatos culturais e profissionais que se estabeleceram entre a Europa e o Oriente, tiveram um efeito estimulante no conhecimento ocidental e, até certo ponto, prepararam o caminho para o Renascimento.
Ambas as religiões, desde então, sempre mantiveram certo antagonismo entre elas; todavia, mais recentemente, em razão de diversas guerras localizadas, cerca de nove milhões de refugiados islâmicos acorreram para a Europa e para a América. Segundo números de 2014, 62% dos refugiados em todo o mundo eram originários de seis países islâmicos: a maior parte era da Síria, seguindo-se o Afeganistão, a Líbia, a Somália, o Sudão e o Sudão do Sul (que se tornou independente do Sudão em 2011).
A maioria destes refugiados ainda que tenha se encaminhado, de início, para outros países africanos, acabou, finalmente, por chegar à Europa e à América.
Na atualidade em alguns países da Europa, como na Holanda e na Bélgica, cinqüenta por cento dos recém nascidos já são filhos de famílias muçulmanas, a maioria originária do Norte da África (Argélia, Tunísia, Mauritânia e Marrocos). Estudos recentes dão conta de que em 2025, um terço dos recém nascidos na Europa será de origem muçulmana.
As taxas de fertilidade de trinta e um dos países da União Européia encontram-se, em média, em torno de 1,38; taxa esta considerada muito baixa, frente aos 8,1 dos muçulmanos que vivem na Europa. Desde 1990, no entanto, o crescimento da população européia tem sido devido quase que exclusivamente à imigração islâmica. Atualmente, na França, trinta por cento dos jovens com menos de vinte anos é de origem islâmica. Em algumas regiões deste país esta percentagem chega a quarenta e cinco por cento.
A recente onda migratória originária da Síria e dos outros territórios islâmicos mencionados, em direção aos países da União Européia, certamente, fará com que estes dados apresentados se alterem consideravelmente para mais, em alguns poucos anos.
Em todas as Américas, onde aportaram, também, recentemente, grandes contingentes de imigrantes árabes, a religião islâmica têm se difundido rapidamente.
Com uma população de adeptos da ordem de cem milhões de católicos, o México vem perdendo fiéis de forma acentuada para o islamismo. Em recente pesquisa efetuada naquele país, junto a mexicanos que passaram a adotar o islamismo como religião, destacou-se as seguintes respostas:
• Adotei o islã por que faltava algo em minha vida, que achei nele.
• O catolicismo não dá as respostas que dá o islamismo.
• Encontrei mais apoio na comunidade islâmica do que na comunidade cristã e mais do que na minha própria família.
• Antes eu me sentia sozinha e isolada, agora não.
• O islã é mais do que uma religião, é um estilo de vida.
Com relação ao Brasil, em uma conferência realizada na cidade de Chicago, nos USA, no ano de 2008, um imã afirmou que dentro de cinqüenta anos o nosso país se transformaria em uma nação islâmica.
Em virtude de seu anti-semitismo, a esquerda brasileira, que assumiu o poder nos últimos trinta anos, se aliou ao islã e diversas Organizações Não Governamentais, ligadas ao financista George Soros e à Fundação Ford, tem tentado incentivar a imigração de islamitas para o nosso país, culminando com a recente Lei da Imigração, proposta pelo senador Aloysio Nunes, Ministro das Relações Exteriores.
A referida lei, segundo notícias veiculadas na Mídia, deixa a política migratória brasileira nas mãos de organismos externos, como a ONU e a UNASUL, sem limitar o número de imigrantes que poderiam vir anualmente para o Brasil.
A ideia dos que apoiam a referida lei seria de que recebêssemos, anualmente, cerca de cem mil refugiados. Todos eles teriam acesso aos serviços públicos de saúde, poderiam formar partidos políticos, sindicatos, etc. Na prática, esta lei criaria um país destituído de fronteiras, onde os refugiados teriam os mesmos direitos dos nacionais.
Existem em nosso país, na atualidade, cerca de cem entidades islâmicas espalhadas por todos os Estados da Federação e o terreno para o seu crescimento nunca esteve tão fértil. Cada vez mais cidadãos brasileiros ascendem ao topo da hierarquia destas entidades. Segundo informações não oficiais, já são aproximadamente um milhão e quinhentos mil o número de adeptos do islamismo no país.
Esse número tem crescido nas periferias das grandes cidades e nas favelas, notadamente entre os evangélicos e umbandistas. Embora o catolicismo possua raízes históricas em nosso país; posto que, a igreja católica veio junto com os primeiros colonizadores portugueses, muitos brasileiros, notadamente oriundos das classes mais pobres, mudam de religião com freqüência ou, até mesmo, professam mais de uma. O mesmo parece ocorrer com as populações pobres do mundo inteiro, que estão sempre buscando uma tabua de salvação aonde se agarrar para sobreviver em um planeta inóspito, quer pela sua Natureza física, quer pela natureza de seus próprios semelhantes.
O islã, por sua vez, não apela para o bolso dos seus seguidores como fazem a maioria das outras religiões.
Para aderir ao islã, basta que o adepto pronuncie em uma mesquita, por três vezes, a frase: “- Não há Deus, senão Deus; e o profeta Muhammad é seu mensageiro”.
Para que não pairem dúvidas, com respeito a uma eventual parcialidade minha, vale destacar que, embora Deísta, não possuo, não pratico e nem admiro nenhuma religião.
Para que não pairem dúvidas, com respeito a uma eventual parcialidade minha, vale destacar que, embora Deísta, não possuo, não pratico e nem admiro nenhuma religião.
Mundialmente falando, a distribuição atual das religiões, pelos habitantes do planeta, é a seguinte:
Cristianismo: 35,0 %
Islamismo: 26,3 %
Sem religião: 12,0 %
Hinduísmo: 15,0 %
Budismo: 7,1 %
Outras religiões: 4,4 %
Judaísmo: 0,2 %
Total: 100,0
Considerando que a chamada Nova Ordem Mundial, capitaneada por financistas como George Soros, Rockfeller e Rothschild (segundo noticias veiculadas na Mídia mundial), deseja implantar uma única religião (ideia cujo atual papa do catolicismo, publicamente, já concordou), creio que os “donos do mundo” chegaram à conclusão de que esta nova religião mundial deva ser o islamismo; em primeiro lugar, por ser a mais difícil de ser absorvida por alguma outra e, em segundo, por ser aquela com maior possibilidade de absorver adeptos das demais religiões.
Se não fosse esse o caso, dificilmente a Europa receberia a multidão de refugiados islâmicos que recebeu até agora. Teria fechado as suas fronteiras a esta imigração, coisa que não fez. Por outro lado, dificilmente países como o Brasil, teriam feito, às pressas, leis de imigração que acolhessem, anualmente, centenas de milhares ou mais de refugiados islâmicos.
Por que os próprios países árabes não acolheram em seus territórios estes refugiados islâmicos, é uma pergunta que muitos fazem? Certamente, por que, por detrás desta história toda, existe a intenção de unificar as religiões através da imigração em massa de islamitas, que, aos poucos, sobrepujariam os cristãos no mundo ocidental e tomariam o lugar do cristianismo; já que, muitos daqueles que se dizem cristãos não frequentam igrejas nem seguem os preceitos do cristianismo, ao contrário dos adeptos do islã, que seguem a risca seus princípios e os impõem aos demais, por vezes, de forma contundente e violenta, através da implantação da Sharia nos territórios para onde imigraram. Os islâmicos, ao contrário dos fiéis de outras religiões, vivem a sua religião 24 horas por dia e não a buscam com objetivos de acumular riquezas, através dela ou por intermédio dela, como costumam fazer sacerdotes e fiéis de outras religiões.
Ambas as religiões englobam mais da metade da população mundial e as demais religiões existentes, como já visto anteriormente, são constituídas por minorias espalhadas e mais facilmente unificáveis ao islã. Se esta unificação entre as grandes religiões for obtida, talvez algumas religiões menores possam, ainda, permanecer vivas e sendo praticadas em determinados locais ou por determinados povos.
Contando com as técnicas já desenvolvidas de Marketing e de propaganda, com a massificação das notícias proporcionada pela Mídia, com o apoio dos organismos internacionais, das autoridades eclesiásticas e dos governos, não imagino que seja impossível fazer com que o rebanho humano siga um determinado caminho religioso, cujo rumo tenha sido pré-estabelecido pelos ‘donos do mundo’. Dificuldades semelhantes já foram vivenciadas por estes e seus prepostos, com a criação do Euro e da União Européia.
Na atualidade, a série de livros do escritor Dan Brown sobre o cristianismo e os filmes sobre algumas das obras que ele escreveu, por sua vez (ademais de diversos outros escândalos, de toda ordem, veiculados na Mídia, sobre as igrejas cristãs e acerca de pedofilia, da corrupção de autoridades, do desvio de recursos, da associação com a Máfia italiana, etc.), fez com que as igrejas cristãs, de uma maneira geral, e a católica, em particular, perdessem muitos de seus seguidores. Muitas delas se transformaram em verdadeiras empresas, cujo objetivo seria o de angariar dinheiro para seus dirigentes e criadores.
Alguns autores afirmam, até, com base em livros e documentos históricos, que o cristianismo foi uma religião ‘inventada’ pela elite romana, na época do Imperador Constantino, com base em alguns fatos verídicos (como, por exemplo, a existência real de um pregador místico chamado Jesus, igual a tantos outros que percorriam a Palestina pregando, naquela ocasião) e em inúmeros outros fatos inventados, tempos depois, por pessoas cultas e não contemporâneas de Jesus e que seriam os verdadeiros autores dos novos evangelhos. Até porque, não existe nenhum documento que tenha sido escrito por Jesus ou por algum de seus discípulos, propondo a criação de uma religião e de uma Igreja que a disseminasse pelo mundo.
Esta religião, criada pelas elites romanas, teria tido por objetivo impedir as constantes revoltas dos países conquistados pelo império. Para tanto, a docilidade natural dos que aceitavam o cristianismo e a crença em um reino nos céus, onde os bons teriam vida eterna ao lado do Criador, fez com que os povos conquistados, que aderiram a esta nova religião, parassem de se rebelar contra Roma, aceitando de bom grado a sujeição e a correspondente servidão.
Para tanto, tão logo criada esta nova religião, foi retirado o foco da mesma da cidade de Jerusalém, onde o protagonista principal. Jesus, vivera com sua família, e trazido este foco para a cidade de Roma, sede do império e local onde a elite romana, que a havia criado, passou a controlá-la e a expandi-la pelo território imperial e pelo resto do mundo antigo, segundo seus próprios interesses de dominação.
Sendo verdadeira a hipótese levantada anteriormente. da opção dos 'donos do mundo' pelo islamismo (o que ainda não podemos confirmar; posto que, com relação a verdade, já naquele passado remoto da Palestina, perguntava Pilatos, sabiamente, à Jesus: - Verdade, o que é a verdade?), o islã poderá ser, evidentemente, a religião a conduzir, no futuro, os destinos do rebanho humano em nosso planeta.
_*/ Economista e Doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.
_**/ Ensaio.
Para o leigo, e me considero um, e um tema difícil de abordar, mesmo por que sou católico e venho tentado me reaproximar dos dogmas cristãos; mas, entendo, em suma, que a tese e muito importante, principalmente por que este viés, poderá ocasionar a redenção ou o total perecimento da humanidade. Particularmente, pelo jogo de interesses camuflados, entendo que o segundo item prevalecera, ou seja, haverá a dizimação da humanidade, ficando aos poucos que sobreviverem, a hercúlea missão de gerarem os novos caminhos da raça humana, ou perecerem também, pelos efeitos do meio ambiente que ficara.
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