155. O meu desejo aos leitores deste blog, para o ano que se inicia**
Jober Rocha*
Todo final de ano é uma época boa para refletirmos. Refletirmos sobre tudo aquilo que fizemos de bom e de mau, meditarmos sobre o que nos ocorreu e, principalmente, de planejarmos as nossas pequenas existências para fazer frente à imensidade de possibilidades e de oportunidades que o mundo sempre ofereceu, e continua oferecendo, a cada ano, aos que planejam as suas vidas.
Em agradecimento àqueles leitores fiéis, que têm me acompanhado desde o início deste blog, tentei resumir neste texto alguns ensinamentos que devem estar presentes, diuturnamente, na mente de todos nós que possuímos como meta, nesta existência terrestre, algum dia chegar a alcançar a sabedoria.
Em primeiro lugar, devemos ter sempre na memória a frase “Conhece-te a ti mesmo", que está inscrita desde tempos ancestrais na entrada do templo de Delfos, na Grécia, construído em honra a Apolo, o deus do sol, da beleza e da harmonia. O conhecer-se a si mesmo é a pedra fundamental que, se bem assentada, dará início a edificação de um magnífico templo representado pelo ser humano, seu caráter, seus pensamentos, seu raciocínio, suas emoções; enfim, a sua própria alma.
Em segundo lugar que, louvando-nos nas experiências passadas, tenhamos aprendido com os nossos próprios erros e acertos, fazendo de nossas metas, para o novo ano, o desejo de sempre procurarmos evitar aqueles e repetir frequentemente estes.
Em terceiro, que iniciemos os nossos dias pensando nas palavras com que o Imperador Romano Marco Aurélio iniciava o seu dia: “Neste dia vou tratar com intrigantes, ingratos, insolentes, velhacos, invejosos e gente grosseira. Se eles possuem estes defeitos é porque não conhecem nem os verdadeiros bens nem os verdadeiros males. Eu, porém, que sei que o verdadeiro bem é tudo aquilo que é decente e o verdadeiro mal tudo aquilo que é vergonhoso, não posso considerar-me nunca ofendido por eles; visto que eles jamais poderão despojar a minha alma da virtude que ela, eventualmente, já possua”.
Em quarto, ainda seguindo os exemplos de Marco Aurélio, que consigamos perdoar, sem demora, aqueles que se arrependem; que cheguemos a ser livres, firmes e não titubeantes; que possamos ter em vista apenas a razão e que nos mostremos os mesmos em todas as circunstâncias da vida; que saibamos, mas que não ostentemos sabedoria; que não nos deixemos abater com facilidade; que não sejamos desdenhosos para com os demais, julgando-nos melhores do que eles.
Em quinto, que ao contemplarmos o cenário nacional em que vivemos e perguntarmos, a nós mesmos, como isso tudo pode ocorrer (e porque nos encontramos na triste situação em que estamos), que enxerguemos em nós mesmos a causa primeira de todo este drama sócio-cultural, com repercussões políticas e econômicas, vivido pelos brasileiros.
Na verdade, o sujeito e o próprio objeto deste texto, por mim hoje escrito, somos todos nós caros amigos leitores e as escolhas erradas que temos feito ao longo das nossas vidas. O Sistema de Dominação existente funciona muito bem quando, e enquanto, a maioria das pessoas aceita a dominação, acredita nas ‘verdades’ proclamadas pelo Sistema e as reproduz.
Nossas escolhas erradas com respeito àqueles que conduzirão os destinos do Poder Legislativo do nosso país, têm sido a principal causa do nosso atraso econômico e social e das crises pelas quais passamos. A nossa alienação quanto a questões geopolíticas e econômicas; bem como, a nossa inocência e pouca cultura quanto a questões de ordem ideológica, política, religiosa e filosófica, estão por detrás de todos os males que nos afligem na atualidade, compondo o pano de fundo de nossas idiossincrasias.
Por último, eu faço votos para que no próximo ano, quando se realizarão eleições para a Presidência da República, uma nova maneira de entender o país e o mundo em que vivemos (nova na medida em que difira da versão oficial) contribua para libertar-nos de falsas propagandas, falsos valores, falsas crenças, crendices e superstições, todos eles maquiavelicamente inoculados em nossas mentes com o único objetivo de esconder-nos a verdade e permitir que sejamos facilmente dominados, sem que dessa dominação tenhamos consciência e sem que a ela oponhamos resistência.
Que vocês, meus caros amigos leitores, passem a ser mais conscientes dos seus interesses e menos ingênuos com relação àquilo que lhes tentam incutir através da grande mídia, oficial e privada. Procurem fontes alternativas para se informar, como cursos, seminários, palestras, livros e a própria WEB. Defendam os seus pontos de vista e valores, não se deixando influenciar e, dentro da lei, principalmente, façam apenas aquilo que as suas consciências ou o bom senso lhes indicar.
Um feliz Natal a todos e um Ano Novo de paz, de amor e de harmonia em suas vidas e nas de seus familiares, é o que desejo aos fiéis e estimados leitores.
_*/ Economista e Doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.
_**/ Crônica
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