quinta-feira, 27 de agosto de 2020

395. Quando as Cerejeiras florescerem de novo...


Jober Rocha*



                      A sakura, flor da cerejeira, na cultura japonesa traduz a natureza efêmera da vida. É uma flor que vive pouco tempo, pois uma lufada de vento mais forte pode levar todas elas embora.
                          O simbolismo da flor da cerejeira é, pois, muito intenso na vida japonesa, demonstrando, tradicionalmente, a vontade da Natureza e do povo japonês em jamais se deixar abater. 
                              Todos os anos as sakuras aparecem para uma vida que, embora breve, demonstra aos seres humanos que devemos aproveitar todos os momentos da existência, pois, para muitos de nós, como para as sakuras, estes momentos poderão ser muito breves.
                               Digo isto em razão da pandemia que grassa em todo o mundo e, notadamente, no Brasil. Milhares de brasileiros que possuíam sonhos e esperanças, de uma hora para outra os perderam, ceifados que foram pelo vírus cruel cuja origem pode ter sido natural ou não, como ainda discutem muitos cientistas, biólogos, virologistas e infectologistas ao redor do mundo.
                             Similarmente, em países com as características psicossociais e politicas como as nossas, a democracia também costuma ter vida curta como as flores da cerejeira. Ao invés de ser esperada, avidamente, por toda a população, como ocorre no Japão com as sakuras, a democracia é indesejada e combatida por substancial parcela do nosso povo. 
                                Muitos países se intitulam democracias para serem aceitos mais facilmente no Concerto das Nações, serem consideradas Economias de Mercado e participarem de organismos e de foros internacionais, mas, na verdade, se tratam de regimes autoritários de esquerda, comandados por políticos venais em uma verdadeira cleptocracia que tudo pode, pois integrada por membros do parlamento, do poder judiciário e do executivo, que adota a tradicional e conhecida ideologia marxista oportunista (implantar o comunismo para dominar o povo e ficar rico, comandando o rebanho)
                                  Voltando ao parágrafo em que dizíamos ser a democracia combatida por uma parcela do nosso povo, esses brasileiros que assim procedem são aqueles que vivem e prosperam no crime comum; na corrupção e no desvio de dinheiro público; nas sinecuras e nos nepotismos; na tentativa de ascender de vida, financeiramente, de ter poder e de ditar as ordens no país através da implantação, via partidos políticos de natureza comunistas (que deveriam ser proibidos de existir, como ocorre com os partidos nazistas e fascistas por serem, fundamentalmente, antidemocráticos), que adotam a ideologias marxista espúria, internacionalista e antipatriótica.
                                  Diversos países do Continente Latino Americano optaram por manter uma democracia de fachada enquanto instauravam regimes eufemisticamente chamados de socialistas bolivarianos, face ao desgaste mundial da palavra comunismo.
                                Nestes países, da mesma forma que acontece aqui, também, os governantes sérios, porventura ainda existentes ficam totalmente sem controle da economia e do país, comandados que são por cleptocratas infiltrados nos três poderes da república em uma associação criminosa entre eles. O confinamento forçado foi imposto em razão da pandemia (medida desnecessária segundo cientistas sociais, infectologistas, biólogos, etc.); milhares de empresas faliram em decorrência e milhões de cidadãos estão desempregados; os criminosos foram soltos e as polícias têm sido impedidas de dar-lhes combate; empresas internacionais estão saindo destes países, temendo a nacionalização; a agroindústria, a mineração e as fontes de energia têm sido vendidas para determinado país interessado em garantir alimentos para abastecer sua população da ordem de alguns bilhões de seres humanos; as redes sócias e a mídia são totalmente controladas por pessoas e organizações de esquerda; testemunhas de atos criminosos de ex-governantes e de políticos atuais têm sido assassinadas em um processo de queima de arquivos, igual àqueles que costumam ocorrer em todos os países comunistas quando se tratam de dissidentes, de opositores, de testemunhas de crimes de autoridades ou da sucessão pelo poder.
                                         Recentemente, segundo a mídia internacional, o dissidente, líder da oposição russa e crítico do Kremlin, Alexei Navalny foi internado na Rússia com suspeita de envenenamento, nesta quinta-feira (20/8/2020). De acordo com o "Sun", o garçom que serviu o chá a Navalny no bar do aeroporto de Tomsk, na Rússia, está "desaparecido". Transferido para um hospital na Alemanha, foi confirmado o seu envenenamento.
                               Dentre as modernas táticas psicológicas de dependência, de lavagem cerebral e de doutrinação utilizadas pelos ideólogos do comunismo e seus agentes, destacam-se oito passos, definidos pelo psicólogo Albert Biderman e expostos no trabalho de I.E.Farber “Lavagem cerebral, condicionamento, debilidade, dependência e Pavor” - Brainwashing, Conditioning and DDD (debility, Dependency, and Dread). Sociometry, 1957, University of Indiana. I.E.Farber:

1. Isolamento da vítima (isolamento social ou quarentena, fazendo com que a vítima perca o contato com o mundo externo);
2. Controlar a percepção da vítima sobre a realidade (mantendo o monopólio da informação);
3. Levar a vítima à exaustão física ou mental (longos períodos de confinamento, ócio forçado, cenários apocalípticos eminentes);
4. Alimentar a ansiedade e o estresse com ameaças (ameaças econômicas, de desemprego, de aumento nos casos de vítimas mortais do vírus circulante, de novo contágio, etc.);
5. Praticar indulgências ocasionais (liberar certas proibições desnecessariamente implantadas anteriormente);
6. Exibir manifestações de onipotência (passar por cima das leis e da constituição);
7. Fomentar a degradação do ser humano (tratar cidadãos honestos como se fossem bandidos de alta periculosidade);
8. Remover ou dispersar as demandas triviais (as permissões e as liberdades podem ser retiradas a qualquer momento).

                                 Tais medidas estão sendo aplicadas em nosso país (e em muitos outros), notadamente nesta época de pandemia, por algumas autoridades atuais comprometidas com a ideologia marxista e com os ex-governos de esquerda das três últimas décadas, em um experimento de controle social sem precedentes na história da humanidade.
                               Como eu disse no início, a democracia é algo tão frágil quanto às folhas da cerejeira, principalmente por aceitar, como aquela aceita a praga de forma pacífica e consentida, o vírus da ideologia marxista que a irá contaminar e destruir.
                                O sonho de todos os brasileiros do bem é ver, de novo, seu país progredindo; as empresas funcionando e gerando empregos; os políticos eleitos serem pessoas honestas e competentes; as eleições se tornarem à prova de fraudes e as verbas públicas destinadas à infraestrutura de caráter social, como Saúde, Segurança, Transportes, Habitação, Saneamento e Educação. Ver os criminosos comuns e políticos; bem como, seus protetores, todos presos e cumprindo longas penas em presídios de segurança máxima no interior do país. O comunismo e sua nefasta ideologia, o marxismo, expulsos do país e do continente sul americano. As leis imorais e antipatrióticas, votadas por parlamentos anteriores comandados pela esquerda, revogadas e substituídas por leis que promovam a paz social e o desenvolvimento socioeconômico. Uma nova constituição que não contenha cascas de banana, para que as autoridades que desejam o bem do país nelas venham a escorregar; nem que retire do chefe do executivo todo o poder, deixando-o como um mero serviçal do parlamento e do judiciário.
                                      Nós, os brasileiros do bem, ansiosos, esperamos o florescimento da democracia em nosso país, da mesma forma como os japoneses esperam o florescimento das sakuras. 
                                  Ao contrario do que ocorre sempre com a flor da cerejeira, nós desejamos que a nossa democracia não tenha uma vida curta como a dela e que, como também costuma ocorrer com a sakura, não seja levada pelos ventos da discórdia, da incompreensão, da ignorância, da ambição, da ganância e da traição, promovidos ou soprados por maus brasileiros.


_*/ Economista e doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.








Um comentário:

  1. Caro Jober

    Tomara que os sonhos de todos nós brasileiros se consolidem, no feliz resumo que fez, ao comparar nossos sonhos de democracia duradoura às sakuras; belas, mas leves e fugazes à primeira brisa.

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