terça-feira, 25 de agosto de 2020

394. Contaminados com Fakenews lotam hospitais de campanha no Brasil


Jober Rocha*

                   Com a redução dos casos de Covid 19 no país, muitos Estados da Federação deram inicio a desmobilização dos hospitais de campanha, montados às pressas para atender aos milhares de casos previstos pelas autoridades e que não chegaram a ocorrer. 
                          Todavia, uma nova doença tem se revelado, fazendo com que os governadores e prefeitos interrompessem bruscamente as medidas de desmobilização já em andamento.
                           Trata-se de milhares de brasileiros contaminados com fakenews (notícias falsas que consistem em uma forma de imprensa marrom que produz e distribui, deliberadamente, desinformação ou boatos via jornal impresso, televisão, rádio, ou ainda online, como nas mídias sociais) contraídos na mídia nacional e que, em estados mórbidos de depressão e com sintomas físicos patológicos de falta de apetite, cansaço, dores de cabeça, pressão alta, etc.; têm buscado as Unidades de Pronto Atendimento – UPAs.
                         Face à gravidade dos casos, tais pacientes têm sido transferidos para hospitais de campanha espalhados por vários Estados da Federação.
                     O tratamento prescrito pelos médicos consiste em deixa-los em quartos totalmente isolados, sem aparelhos de rádio, TV, Smartphones, jornais, revistas e sem receberem visitas de amigos e de parentes, durante três semanas. Com a gradativa melhora, aos poucos vão sendo liberados para lerem livros religiosos, revistas em quadrinho, assistirem lutas de MMA na TV. 
                           Segundo prescrições médicas, só poderão voltar a operar seus smartphones, lerem jornais ou assistirem os jornais da TV depois de transcorrido o prazo de um ano. Dizem os doutores que esta enfermidade pode acometer novamente os pacientes mal curados, razão pela qual o prazo estipulado para ficarem sem receber notícias políticas, econômicas, militares e psicossociais é de um ano.
                            Alguns cientistas adeptos da Teoria da Conspiração falam na criação de vírus psicológicos que, através das fakenews, lesam a psique dos indivíduos, transformando-os em verdadeiros zumbis, em uma operação no âmbito da chamada Guerra Híbrida (estratégia militar que mescla táticas de guerra política, guerra convencional, guerra irregular, e ciber-guerra com outros métodos de influência, tais como desinformação, ações diplomáticas, mentiras divulgadas na mídia e intervenção eleitoral externa via WEB).
                                    Segundo relatos médicos, os pacientes afirmavam terem sido acometidos destes sintomas após receberem, constantemente, através da mídia, notícias de caráter alarmante sobre a situação brasileira. Ora diziam que haveria o impeachment do presidente, ora que seus filhos seriam presos, ora que a equipe econômica pediria demissão, ora que o presidente Trump perderia as eleições norte-americanas, ora que a Venezuela invadiria o Brasil com o apoio da China, do Irã e da Rússia, ora que os mortos pelo Covid 19 já passariam da casa dos milhões.
                                     Muitos pacientes, notadamente os mais sensíveis, ao serem acometidos começam logo a tremer, a apresentar calafrios e sintomas que se assemelham ao do vírus que acomete atualmente o país e o mundo. Como alguns dos sintomas eram bastante semelhantes, muitos pacientes se dirigiram para as UPAs, formando grandes filas. Lá chegando, após a anamnese e os exames realizados, os médicos diagnosticaram esta nova síndrome, que tem acometido a cada novo dia, um número maior de brasileiros.
                           Profissionais da OMS – Ordem dos Mentirosos e Sacanas, em declaração pública, já afirmaram nada ter a ver com a criação e com a propagação desta nova patologia que acomete os brasileiros e cuja forma de contaminação e de disseminação costuma ocorrer mediante a divulgação de calunias, embustes, trapaças, balelas, imposturas, burlas e lorotas.
                             Os remédios populares mais utilizados, por aqueles que não buscam as redes públicas de atendimento e se medicam com remédios caseiros, têm sido a desconfiança, a descrença, a incredulidade e a suspeita, com relação a tudo o que veem, leem ou ouvem através da mídia. 
                              As autoridades, até agora, têm feito vistas grossas para a nova epidemia. Governadores e prefeitos já pediram mais verbas, pois alegam que aquelas anteriormente concedidas para o combate ao Covid 19 já se esgotaram.
                               Países estrangeiros já ofereceram ajuda, mas fizeram questão de mencionar que montariam suas bases na Região Amazônica, onde parece ser maior o número de casos.
                              As forças armadas, até agora, não se pronunciaram. Talvez aguardem que os casos acabem por se extinguirem sem a necessidade de qualquer intervenção militar.
                          O STF parece já ter declarado que este tipo de patologia foge a esfera de competência do poder executivo. O parlamento já cogita em uma lei específica que confira à câmara e ao senado o controle das verbas que deverão ser alocadas, impositivamente, para o combate da referida síndrome.
                        Enquanto isto, milhares, se não milhões, de brasileiros continuam sendo submetidos, diuturnamente, as fakenews geradas por empresas, agências de desinformação e de contrainformação, profissionais free lancers, nacionais e internacionais; com o único objetivo de inviabilizar, desgastar, dificultar, atrapalhar, embaraçar e tolher o atual governo e suas ações em prol do nosso desenvolvimento. 
                                  Como dizem que Deus é brasileiro, esperemos por alguma ajuda da parte dele, principalmente pelo fato do nosso presidente sempre afirmar, em seus pronunciamentos, que o Brasil está acima de tudo, mas que Deus está acima de todos...


_*/ Economista e doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.





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