terça-feira, 28 de julho de 2020


386. A  Esquerda Virótica



Jober Rocha*


Em tempos de pandemia, resolvi fazer uma analogia entre a situação política atual, da esquerda brasileira e mundial, e a forma como agem os vírus que assolam os organismos humanos.
Uma rápida pesquisa nos indica que nosso corpo tem barreiras que tentam impedir a entrada de qualquer vírus, sendo a nossa pele uma delas. Trata-se de uma barreira natural que o vírus consegue ultrapassar quando temos uma ferida ou algum machucado, por menor que sejam. Os vírus também costumam entrar em nossos organismos através dos olhos, do nariz e da boca.
Tendo conseguido entrar em nossos corpos, os vírus, como parasitas que são, precisam penetrar nas células para que possam se multiplicar e sobreviver. Pra isso, eles se encaixam na superfície da célula como uma chave se encaixando na fechadura, o que facilita a sua entrada.
Na realidade, os vírus buscam destruir nossos organismos por dentro, embora estes disponham de mecanismos de defesa capazes de livrar-se deles e de impedir que nos destruam.
As democracias que se utilizam do sistema capitalista, da livre iniciativa e da livre concorrência; bem como, da liberdade de pensamento e de expressão,  também estão sempre sujeitas a tentativa de invasão por parte da ideologia marxista que, também de forma parasitária (da mesma forma como ocorre com os corpos humanos, que são constantemente assediados pelos vírus biológicos que desejam vencer nossas defesas para neles penetrar) tenta se infiltrar nas mentes das pessoas e nos organismos estatais democráticos, visando destruí-los pelo lado dentro, como fazem os vírus.
Passada aquela fase da tentativa de tomada violenta do poder, pregada inicialmente por Stalin para implantar o comunismo nos países democráticos, o filósofo italiano Antônio Gramsci (1891-1937) imaginou uma forma mais eficaz (talvez, até mesmo, baseada na observação do comportamento dos vírus, como por mim aqui descrito; quem sabe?).
A forma vislumbrada por Gramsci para a tomada pacífica do poder e a implantação do comunismo nas democracias foi resumida em um decálogo, já por demais conhecido na atualidade, mas que nunca é demais repetir.
Suas propostas tinham por objetivo: Obter a hegemonia na sociedade civil, obter a hegemonia na sociedade política (Estado), estabelecer o domínio do intelectual coletivo (partido classe) e silenciar os intelectuais independentes.
As ações que imaginou eram destinadas a enfraquecer as trincheiras da democracia nos partidos políticos, no poder executivo, no poder legislativo, no poder judiciário, nas escolas e nas forças armadas.
Da mesma forma como agem os vírus, cujos sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, as ações imaginadas por Gramsci eram, e são, dissimuladas e protegidas pelas franquias da própria democracia, tornando difícil a sua identificação como ações visando a implantação de um governo comunista.
Seu objetivo era “Realizar a transformação intelectual e moral da sociedade pelo abandono de suas tradições, usos e costumes, mudando valores culturais de forma progressiva e contínua, introduzindo novos conceitos que, absorvidos pelas pessoas, criam o senso comum modificado, gerando uma consciência homogênea construída com sutileza e sem aparente conteúdo ideológico, buscando a identificação com os anseios e necessidades não atendidas pelo poder público”.
O método, por Gramsci desenvolvido, era, em síntese, o seguinte: “Baseado no desejo de mudança dos indivíduos em direção a um mundo novo, com a sociedade sendo controlada através dos mecanismos de uma democracia popular, onde os pensadores livres temendo serem rotulados de retrógrados ou de alienados se submeteriam a uma prisão sem grades, calando suas vozes de divergência e se deixando vencer pelo senso comum modificado; este desejo de mudança prosseguiria intoxicando a sociedade (Igreja, Família, Escola, Governo e a Mídia) sob a égide do Estado, usado para reduzir e suprimir a capacidade de reação individual e coletiva”.
A Glasnost (transparência) e a Perestroika (reestruturação), estabelecidas na URSS no governo de Mikhail Gorbachev, de 1985 a 1991, tinham como principais objetivos modernizar e abrir a economia soviética, além de garantir maior abertura política. Estas medidas foram as principais responsáveis pelo fim da União Soviética e do seu sistema político econômico (socialismo), que vigorava desde a Revolução Russa de 1917. Foram também de fundamental importância para o fim da Guerra Fria entre o Ocidente e o Oriente.
Quando o mundo pensava ter o comunismo se exaurido e terminado como forma de governo e sistema econômico, eis que ele retorna revivido na América Latina, como uma Fênix, através da organização conhecida como Foro de São Paulo que, congregando dezenas de movimentos e partidos comunistas do continente, estabelecia as diretrizes Gramscistas, que deveriam ser aplicadas nos diversos países latinos (e africanos), objetivando transformar as democracias existentes naquilo que eles denominaram de socialismos bolivarianos, eufemismo utilizado pelos movimentos de esquerda para evitar a palavra comunismo, já bastante desgastada mundialmente.
Da mesma forma como agem os vírus biológicos, os ideólogos, ativistas e militantes marxistas, buscam vencer as barreiras do sistema democrático para, penetrando suas defesas, promoverem o caos interno através de medidas inteligentemente elaboradas pelo filósofo italiano.
A título de curiosidade, mencionarei apenas duas das inúmeras medidas propostas pelo Foro de São Paulo, com base na cartilha de Antônio Gramsci, para cada uma das trincheiras da Democracia brasileira:
Partidos Políticos
- Esvaziar as poucas lideranças da oposição através de patrulhamento e ataque (dossiê) direto ou indireto (parentes);
-   Infiltrar militantes nos outros partidos para obter o seu controle e esvaziar os líderes de oposição, os neutros e os que não são adeptos do «partido classe».
Poder Executivo
-    Distribuir cargos em órgãos e empresas públicas para militantes do partido-classe e seus aliados, em todos os níveis da administração (federal, estadual e municipal) para aparelhar o Estado;
-  Criar uma estrutura policial que possa ser transformada em Guarda Nacional ou Guarda Pessoal ou em Polícia Política (Polícia Federal, Força Nacional) para emprego imediato, quando chegar o momento oportuno.
Poder Legislativo
-   Desmoralizar o Legislativo, mantendo privilégios, barganhas e a falta de espírito público;
-  Criar leis para dar o respaldo às mudanças de usos, costumes e valores da nacionalidade brasileira.
Poder Judiciário
-  Retardar ou impedir o aperfeiçoamento do funcionamento do judiciário;
-   Estimular o corporativismo extremado na magistratura.
Escola
-   Usar as universidades como refúgio ideológico;
-  Fortalecer o controle do sistema de ensino que não ensina a pensar, através do MEC.
Forças Armadas
-   Enfraquecer a união dos militares, afastando os militares da ativa dos militares inativos;
-  Enfraquecer o espírito de corpo, separando os oficiais generais da tropa.

São inúmeras as ações propostas para desestabilizar nossas defesas democráticas e todas elas foram aplicadas nestas décadas de governos de esquerda pelas quais passou o nosso país.
Felizmente, nossos mecanismos institucionais de defesa têm resistido, até agora, as investidas do vírus ideológico marxista.
Todavia, parece que um novo ideólogo, cujo nome eu até agora desconheço, resolveu, em um gesto inteligente e maquiavélico, unir o vírus biológico ao ideológico.
Ao mesmo tempo em que solapava internamente o sistema democrático, não só o brasileiro, mas os de diversos outros países (como os USA e a Europa, por exemplo), lançava no meio ambiente mundial um vírus desconhecido (que diversos infectologistas afirmam ter sido criado e/ou modificado em laboratório) que, ademais de vitimar milhões de seres humanos, parou a Economia Mundial em razão da quarentena imposta por determinação da Organização Mundial de Saúde, chefiada por um político marxista, e seguida a risca por diversos países, estados e municípios governados também por políticos de esquerda
Remédios baratos e de uso popular rotineiro, que diversos cientistas afirmavam eficazes para o tratamento, foram abruptamente retirados das farmácias e tiveram suas prescrições proibidas nos hospitais. Ao mesmo tempo, verbas bilionárias foram cedidas aos governos estaduais, por ordem do parlamento, para a aquisição, sem concorrência pública, de hospitais de campanha, equipamentos e instalações diversos, respiradores, máscaras e medicamentos. Ao mesmo tempo, a corte suprema dava plena autonomia aos governadores e prefeitos para estabelecerem quarentenas, cerrarem as atividades econômicas e adotarem outros procedimentos que julgassem necessários, como, por exemplo, aquisições de bens e serviços sem as necessárias concorrências públicas.
A Mídia internacional dominada pela esquerda, como sempre, apoiou a iniciativa de paralização da Economia Mundial, em que pese uma opinião em contrário de inúmeros cientistas sociais, economistas, médicos, biólogos e infectologistas, afirmando que a quarentena de nada serviria e que a paralização da Economia Mundial, ao fechar empresas e demitir milhões (ou bilhões) de empregados, mataria muito mais gente de fome do que a temida pandemia.
O fato é que, embora o mal seja muito mais ativo do que o bem, por almejar o controle das mentes individuais, parece que, até agora, não tem conseguido sobrepujar o bem, fazendo com que acreditemos nos ditados populares que dizem: “É um grande mal, não fazer o bem”; “Nunca é tarde para o bem”; “Ninguém estima o bem que tem, até que o perde"; "O bem só se conhece quando se perde"; "A liberdade é a mãe de todos os bens, quando se faz acompanhar da justiça".
A esquerda mundial, aliada aos narcotraficantes e com o apoio dos políticos venais, almejou implantar o regime comunista em todo o mundo, notadamente nos continentes sul-americano e Africano (embora também no continente americano do norte), mais susceptíveis da ideologia marxista em virtude dos elevados níveis de pobreza e da falta de instrução e de cultura. Em diversos países foi bem sucedida, mas, felizmente e milagrosamente, não conseguiu, até agora, implantar o comunismo em nosso país nem nos USA (as duas maiores potências do novo mundo), países onde os presidentes são liberais de direita,  abominam o regime comunista e trabalham em conjunto para varrer esta nefasta ideologia que só trouxe miséria e autoritarismo, com perda das liberdades individuais, em todos os países onde se instalou.
Espero que a ciência e o bom senso humano consigam se livrar, definitivamente, destes vírus, biológicos e ideológicos, mencionados, dando início a uma nova fase de desenvolvimento econômico, de saúde, de progresso científico e tecnológico. Que este período trágico jamais se repita na história humana e que, como uma Lei Historicamente Determinada (termo inventado e tão ao gosto de Karl Marx), que o bem sempre prevaleça sobre o mal...

_*/ Economista e doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.


domingo, 26 de julho de 2020


385. A ‘Solução Final’ dos ‘Donos do Mundo’ para o  excesso populacional no planeta



Jober Rocha*



Quando a população mundial se aproximou da casa dos cinco bilhões (a população global chegou, em julho de 2020, a 7,8 bilhões), certamente, os 'donos do mundo', reunidos em um conclave secreto em local incerto e não sabido, deliberaram não permitir que continuasse aumentando desenfreadamente e sem controle, notadamente, em muitas partes do mundo subdesenvolvido.
Em parte não lhes retiro a razão neste particular, pois em um planeta finito e com recursos de certa forma escassos, permitir que a população humana continuasse crescendo descontroladamente seria condenar todos, ou pelo menos a maioria, ao extermínio por falta de alimentos, por doenças, por guerras pelos recursos naturais, etc. Discordo é da maneira como, suponho, imaginaram fazê-lo.
Os países mais populosos do mundo são os seguintes, por ordem de grandeza: China (1,40 bi); Índia (1,34 bi); USA (330 mi); Indonésia (267 mi); Paquistão (221 mi); Brasil (211 mi); Nigéria (206 mi);Bangladesh (169 mi); Rússia (147 mi);  México (126 mi); Japão (126 mi); Filipinas (109 mi); Egito (100 mi). Todos os demais países possuem populações inferiores a 100 milhões de habitantes.
As Nações Unidas estimaram que a espécie humana irá atingir, até o ano de 2.100, a uma cifra de 11,2 bilhões de indivíduos, se nada for feito até então para tentar contê-la e/ou reduzi-la. Alguns analistas acham que o mundo (mantidas as atuais formas de organização vigente entre os países, ademais dos atuais padrões de consumo, de produção, da quantidade de recursos renováveis e de recursos fixos) somente poderia manter a existência de cerca de sete bilhões de seres humanos.
Embora a grande maioria da população mundial não se interesse pelo assunto e nem se dê conta da magnitude do problema, os donos do mundo não deixaram de discutir e de trabalhar, em benefício próprio certamente, em prol da redução da população mundial. Ou fariam isto ou necessitariam mudar a forma de organização da produção, do consumo e da administração política, social, econômica e militar dos principais países a influenciarem no cenário mundial. Neste caso, não poderiam garantir que continuariam, ainda, mantendo as mesmas supremacias e privilégios que desfrutam atualmente no planeta.
O fato é que todos os países almejam crescer, seja em sua produção, em seu consumo, em seu bem estar, em sua população. Este crescimento não será eternamente viável para todos os países. Em determinado momento este jogo das cadeiras terá que parar e aqueles que ficarem em pé, sem cadeiras para sentar, serão obrigados a sair da brincadeira. O resultado previsto será, evidentemente, o início de uma guerra entre os que estão sentados e os que se encontram em pé, pela disputa das poucas cadeiras disponíveis.
Pensando em evitar essa inexorável guerra futura pelos recursos naturais escassos e pela manutenção do consumo e do nível de bem-estar dos países mais ricos, os ‘donos do mundo’, suponho, vislumbraram uma solução que nem original era, pois já fora executada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial: a chamada ‘Solução Final’, que consistiu na eliminação física daqueles seres humanos que os governantes da Alemanha Nazista consideravam dispensáveis, no caso o povo judeu que vivia na Alemanha.
Esta mesma solução está de volta hoje, evidentemente de uma forma muito mais sutil, não perceptível pelas populações. Qual seria ela? É simples, basta ter olhos para ver e cérebro para pensar.
As campanhas mundiais para iniciar o extermínio de populações inteiras, já foram deflagradas há alguns anos, através de ONG’s especificamente criadas para isso; bem como, através da criação de perfis falsos nas redes sociais para difundir pontos de vista, conceitos e ideias; como também, através da realização de estudos pseudocientíficos encomendados a profissionais mercenários das Ciências para divulgar falsas verdades ou verdadeiras mentiras.
 As principais mensagens que os ‘donos do mundo’ desejam incutir nas mentes das populações humanas de mais baixa renda, todas elas com justificativas científicas e apresentadas como se fossem procedimentos realizados para o bem dos indivíduos, seriam: não devem mais se alimentar de carnes e produtos lácteos (cuja produção é muito cara, consome muita água e tornam aqueles que os consomem mais ativos, másculos, empreendedores, potentes, esforçados, do que os que consomem, exclusivamente, produtos vegetais, o que deve ser evitado); deve-se promover o uso e o consumo de produtos cancerígenos (fumo e demais produtos alimentares que contenham aditivos, conservantes, estabilizantes, etc.); deve-se proibir o contato das pessoas diretamente com o sol, sob a alegação de ser este um fator causador de câncer, mas, que, na realidade, o que desejam é reduzir as defesas orgânicas dos indivíduos, mediante o enfraquecimento do seu sistema imunológico, ao evitar a absorção do hormônio Protovitamina D, que só ocorre quando se apanha sol diretamente na pele.
Vale lembrar que a raça humana sempre apanhou sol na pele, sem nenhum dos efeitos deletérios que atualmente lhe atribuem. Outro procedimento difundido nas redes sociais e na mídia em geral é o de estigmatizar determinados alimentos, como a banha de porco, as gorduras animais em geral, os ovos, etc., como se fossem a causa dos problemas cardíacos que afligem grande parte das populações.
Já vi cientistas famosos tanto acusarem quanto defenderem determinados alimentos, evidenciando que ninguém possui ainda absoluta certeza da forma como os processos bio-digestivos acontecem, no interior dos organismos humanos, quando metabolizam determinadas substâncias. Uns cientistas garantem que as gorduras fazem mal, outros que são necessárias e fazem bem.
Neste ínterim, a indústria do óleo de soja e demais cereais prosperou como nunca, já que os cientistas afirmavam que a gordura de origem vegetal era muito mais saudável do que a gordura animal, que a humanidade tradicionalmente sempre ingeriu, desde o surgimento do homem na superfície do planeta.   
A verdade de hoje será, certamente, desmentida amanhã por uma nova teoria que, por sua vez, será mais tarde substituída por outra.  Existem muitos estudos encomendados e pagos, por laboratórios químico-farmacêuticos, para que cientistas de renome mundial defendam ou ataquem determinadas substâncias. Para que nutricionistas de fama promovam ou ataquem determinados alimentos, muitos destes tradicionalmente consumidos pela raça humana desde seus primórdios, sem nenhum efeito prejudicial reconhecido, a não ser na opinião destes pseudos cientistas, alguns deles trabalhando para empresas do setor da agroindústria, para laboratórios fármaco-químicos ou para a Indústria da produção de alimentos. Os interesses envolvidos são bilionários e a grande maioria dos consumidores não se dá conta do que ocorre a sua volta.
O mecanismo da disseminação de vírus e bactérias, por seu turno, é outro dos instrumentos utilizados. A maior parte dos países desenvolvidos possui agências governamentais criadas, exclusivamente, para fins de guerra bacteriológica. Nestas agências são desenvolvidos e modificados vírus com características diversas. Todos eles visam incapacitar ou exterminar populações inimigas em eventual caso de guerra.
Ao mesmo tempo em que desenvolvem os vírus, também produzem as vacinas contra eles, a serem aplicadas em seus próprios militares e em suas próprias populações. Laboratórios civis também fazem o mesmo, com toda a certeza. Anualmente os governos de inúmeros países gastam fortunas adquirindo as mais diversas vacinas para inocular em suas populações. Este é outro mercado bilionário. Como as populações recebem as vacinas de graça, nos postos de saúde, as despesas com a aquisição destas vacinas passam despercebidas. Muitas vezes se tratam de milhões de dólares ou mesmo de bilhões, se pensarmos que são vários os países que adquirem tais vacinas.
Por outro lado, durante os últimos anos falou-se nos chamados chemtrail (do inglês, chemical trail: 'trilha química'), alegando que os rastros deixados nos céus por alguns aviões seriam, na verdade, agentes químicos ou biológicos, deliberadamente pulverizados a grandes altitudes, com propósitos desconhecidos do público, causando danos à saúde das populações.
O termo refere-se especificamente a trilhas aéreas decorrentes do lançamento sistemático, em grandes altitudes, de substâncias químicas não encontradas nas trilhas de condensação normal das aeronaves a jato (em inglês, contrails), resultando no aparecimento de faixas não usuais no céu. Alguns especulam que as finalidades da liberação de produtos químicos nas altas camadas atmosféricas poderiam ser para o controle populacional ou para a guerra biológica e que essas trilhas estariam causando doenças respiratórias e outros problemas de saúde em diversos lugares. Os governos mundiais nada mencionam sobre estes fatos.
Já foram divulgados fotos e filmes de grandes aeronaves, sem identificações nas fuselagens, carregando em seus interiores grandes recipientes cilíndricos de aço contendo produtos desconhecidos que eram lançados de grandes altitudes por tubos colocados nas asas das aeronaves, produzindo inúmeros rastros brancos visíveis do solo. Quando se trata de condensação oriunda das turbinas, os rastros são apenas dois ou, no máximo quatro. Estes rastros químicos são diversos, cerca de quatro ou cinco em cada uma das asas da aeronave.
Se esses rastros químicos não são tóxicos, como alguns pseudos cientistas dizem, porque uma grande empresa mundial fabricante de sementes agrícolas, está criando determinados tipos de sementes que podem suportar os efeitos deletérios destes produtos químicos utilizados nestes rastros químicos?
Paralelamente, os ‘donos do mundo’ buscam destruir a família tradicional, a moral e os bons costumes, fatores estes que constituem uma resistência natural, histórica, dos seres humanos contra a sua exterminação. Ao mesmo tempo buscam incentivar as relações homossexuais, fator inibidor do crescimento populacional. Vejam, caros leitores, que estas ações ocorrem no mundo todo, na mesma época, como se por detrás delas houvesse uma bem engendrada, bem financiada, bem administrada e bem conduzida campanha de modificação de costumes e de transvaloração  de valores.
Evidentemente, as guerras tradicionais ainda não foram deixadas de lado, sendo que algumas estão sendo travadas neste exato momento em distintos lugares do planeta, com grandes baixas humanas entre militares e populações civis. Mas, creio que as guerras, tanto as convencionais quanto as nucleares, deverão ser futuramente extintas, pois os ‘donos do mundo’ já se deram conta de que existem outras formas de reduzir a população mundial sem a necessidade de destruir os bens móveis e imóveis existentes na face da Terra.
O que os ‘donos do mundo’ pretendem é extinguir parcela das populações mundiais, sem que estas se deem conta de que fazem parte da moderna Solução Final, por eles criada, para a redução de forma rápida e eficaz, de contingentes populacionais.
Atingidos os seus objetivos de contenção do crescimento populacional, creio que eles voltarão à carga, com maior intensidade, com a ideia da implantação de uma Nova Ordem Mundial-NOM, aparentemente esmorecida com a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, reconhecido inimigo que este é do pretenso pai da Nova Ordem Mundial, George Soros, banqueiro, financista e patrocinador dos movimentos e ONG’s esquerdistas mundiais, cujo objetivo primordial, antes da implantação da NOM, é o de fomentar o surgimento de regimes comunistas na maioria dos países; pois, com eles, seria mais fácil o estabelecimento do governo único, peça fundamental da NOM. Ademais, nos regimes comunistas as populações são mais facilmente controladas, em virtude da censura, da repressão policial, da ausência de direitos humanos. Por outro lado a aceitação de um governo mundial por populações de países comunistas seria muito mais fácil, dada a própria ideologia marxista ser internacionalista.  
Quando falo em ‘donos do mundo’, alguns dos leitores estarão se perguntando: - mas, quem são eles?
Estes ‘donos do mundo’, a que me refiro, são famílias que buscam evitar se tornarem conhecidas, administrando tudo o que possuem através de terceiros ou dos chamados ‘laranjas’. Possuem interesses em todos os países do mundo e se tratam, apenas, de algumas poucas famílias que quase tudo controlam.
 Normalmente com o poder econômico que possuem fazem acontecer todas as coisas que desejam. Elegem políticos em inúmeros países, controlam a grande mídia mundial com poder de influenciar decisões e fazer prevalecer ideias e pontos de vista que lhes favoreçam.
Evidentemente que, por vezes, seus interesses particulares conflitam entre si em determinados países, pois eles não conseguem controlar todas as variáveis envolvidas na extração, na produção e na comercialização de bens, e também nos serviços e nas finanças.
Por esta razão buscaram, até agora sem sucesso, a implantação de um governo mundial, através da chamada Nova Ordem Mundial – NOM, que objetivaria manter um governo mundial, um parlamento mundial, uma justiça mundial, uma única moeda, uma única religião, um único território (acabando com o patriotismo, com as tradições raciais e regionais, com as figuras e os símbolos históricos de cada país).
Com isto imaginaram por um fim aos conflitos entre seus múltiplos interesses, (existentes no Sistema Capitalista de produção, onde, em tese, vigora a livre iniciativa e a livre concorrência e as empresas e empresários, ao competirem entre si, têm sucessos e insucessos. Uns ficam ricos e outros pobres). Alguns leitores estarão se perguntando: - mas, qual seria o novo regime de governo proposto pelos ‘donos do mundo’ para ser adotado em todo o mundo?
Por mais incrível que pareça este novo regime seria, segundo imagino, uma mistura de comunismo, fascismo e nazismo.
 Quanto aos aspectos políticos e sociais, imagino que haveria uma mescla daquilo que o fascismo, o nazismo e o comunismo possuem de comum entre eles: seria instituído um Estado totalitário, autoritário, antiliberal, militarista; haveria a implantação de uma Identidade única mundial, em um Estado único soberano, vinculado à imagem de um líder ditatorial; seria feito o uso da violência ou de expurgos contra os opositores e refratários a implantação deste governo mundial. Todos os cidadãos teriam um chip implantado no corpo, de modo a poderem, a qualquer momento, ser controlados pelo Estado.
Quanto ao aspecto econômico imagino que seria adotada não a fórmula comunista, em que o Estado é o dono dos meios de produção, mas a do nazismo no qual grandes empresas ou conglomerados privados seriam os produtores e fornecedores de bens, serviços e recursos financeiros ao mundo inteiro, que seriam adquiridos e repassados pelo governo mundial, o único empregador e fornecedor de mão de obra para as empresas. Estas empresas e conglomerados seriam de propriedade dos tradicionais ‘donos do mundo’, que já não mais brigariam entre si, pois a concorrência e os conflitos por matérias primas e recursos naturais; bem como pelos mercados consumidores, estariam todos terminados com a ideia do governo mundial.
Os países, as nacionalidades, as raças, terminariam todos, dando origem, unicamente, aos habitantes do planeta Terra. As diferentes moedas seriam substituídas por uma única, com o mesmo valor em todo o planeta. As religiões, talvez, fossem todas substituídas por uma única, que não me arrisco a tentar profetizar qual seria. Imagino que a corrida armamentista também deveria terminar, pois as hipóteses de guerra também acabariam, com o fim da concorrência mundial por recursos naturais e por mercados, entre produtores, financiadores e comerciantes.
Haveria um parlamento global, para as grandes decisões e parlamentos regionais para as pequenas. Da mesma forma haveria um Tribunal Mundial para dirimir as grandes questões e tribunais regionais para as questões menores. Todavia, a justiça seria, certamente, padronizada em todo o planeta.
Esta proposta que, segundo consta, tem sido pensada e conduzida, de forma velada para o cidadão comum, pelo grupo que detém o verdadeiro poder oculto em nosso planeta, sem a participação da população mundial, imagino, consiste naquilo que seria a nova Solução Final, formulada por estes verdadeiros ‘donos do mundo’ para a raça humana.
Não vejo a ideia de um governo mundial como totalmente descabida, desde que os seres humanos (não pertencentes à alta cúpula governamental ou aos proprietários das empresas remanescentes que farão parte da NOM, conhecidos como os ‘donos do mundo’) não sejam transformados em simples escravos, em uma servidão consentida ou forçada, sem direitos humanos, sem liberdade de expressão do pensamento, de livre locomoção e desfrutando de um baixo padrão de vida.
O fato é que quando se tratam de seus próprios interesses, estes ‘donos do mundo’ não hesitam em tomar quaisquer medidas que imaginem como sendo as mais adequadas aos seus objetivos imediatos ou de longo prazo, mesmo que, para tanto, grandes holocaustos tenham que ser por eles patrocinados.
Talvez, os lideres comunistas mundiais estejam ‘embarcando nesta canoa’ e ‘dando corda’ aos velhos ‘donos do mundo’, pensando, no futuro e depois da NOM implantada, fazer com eles o que os lideres comunistas sempre tiveram, entre eles mesmos, o costume de fazer toda vez em que é chegada à hora da sucessão: eliminar fisicamente a todos os seus possíveis concorrentes.


_*/ Economista e doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.


sábado, 25 de julho de 2020


 384.  A  Vaidade das nossas autoridades



Jober Rocha*




Diz uma antiga lenda que o Rei Salomão, após se atentar para todas as obras dos homens debaixo do sol, percebeu que tudo era vaidade e os esforços dos homens eram tão vãos quanto correr atrás do vento; inclusive, Salomão introduz o seu livro dizendo: “Vaidade de vaidade, diz o Pregador; vaidade de vaidade, tudo é vaidade” (Eclesiastes 1:2). Com estas palavras, Salomão lembra que tudo é efêmero, é passageiro como o vento, é temporário, é transitório. O vocábulo vaidade, em hebraico, pode ser traduzido também como fugaz ou ilusão.
A vaidade referida por Salomão possuiria várias conotações: a dos bens terrenos, a da sabedoria humana, a do esforço e das realizações, a da própria vida, a da inveja, a do egoísmo e do poder, a da cobiça, a das riquezas e a das acumulações humanas.
Por sua vez, o escritor português Mathias Aires Ramos da Silva de Eça (1705-1763), em um gesto premonitório, talvez tenha sido um dois primeiros a escrever um quase tratado sobre este vício que predomina entre grande parte das autoridades brasileiras atuais. Seu livro tinha por título: 'Reflexões sobre a vaidade dos homens' e parece haver sido escrito para descrever como agem às nossas autoridades.
Mathias Aires inicia o seu livro, dizendo: “Sendo o termo da vida limitada, não tem limite a nossa vaidade; porque dura mais do que nós mesmos e se introduz nos aparatos últimos da morte. Que maior prova do que a fábrica de um elevado mausoléu”?
“No silêncio de uma urna depositam os homens as suas memórias, para com a fé dos mármores fazerem seus nomes imortais, querem que a suntuosidade do túmulo sirva de inspirar veneração, como se fossem relíquias as suas cinzas e que corra por conta dos jaspes a continuação do respeito. Que frívolo cuidado”!
“Esse triste resto daquilo que foi homem, já parece um ídolo colocado em um breve, mas soberbo domicílio, que a vaidade edificou para habitação de uma cinza fria e desta declara a inscrição o nome e a grandeza. A vaidade até se estende a enriquecer de adornos o mesmo pobre horror da sepultura”.

Qualquer um que tenha convivido em nosso país, nas três últimas décadas, com determinadas autoridades dos três poderes da República ou dos Estados da Federação, melhor do que ninguém, poderá confirmar a assertiva de que estão convencidas de que a relevância presumida do cargo ocupado e a certeza de ser considerada uma autoridade, por si só, confere merecimento, valor e saber a quem não tem nem saber, nem valor nem merecimento.
Quase sempre, o simples fato de serem consideradas autoridades da República ou dos Estados da Federação traz impunidade aos crimes por elas praticados em virtude dos foros privilegiados de que desfrutam, fazendo com que suas soberbas, arrogâncias e altivez, assemelhem-se, aos olhos dos homens comuns, a coisas normais, naturais e justificáveis.
Imaginam estes figurões que tudo lhes é permitido e que estão acima das leis, elaboradas que foram estas, apenas, para enquadrar as pessoas comuns e não as autoridades em que elas se constituem.
O excesso de benefícios que desfrutam, em razão dos cargos que ocupam, quase sempre, foram maquinados e aprovados por eles mesmos, usando dos poderes discricionários que usurparam ao longo do tempo, sem resistência maior por parte da nossa sociedade.
Esquecem estes brasileiros que dela abusam que as autoridades, em todos os lugares e em todas as épocas, foram, sempre, em tese, instituídas pelas sociedades para enobrecerem as ações ilustres e não para ilustrarem as viciosas, para que elas sejam escravas da razão e não déspotas da insensatez, da imprudência, da precipitação e da vaidade.
As autoridades nada mais são do que servidoras do povo e não o contrário, como elas insistem em fazer com que todos acreditem.
O que mais notamos, da parte destas autoridades é o tradicional: - você sabe com quem está falando?
Recentemente um guarda municipal foi destratado e ofendido em sua dignidade por um magistrado em plena via publica, apenas, por cumprir com o seu dever de pedir-lhe que colocasse a máscara protetora contra o vírus Sars Cov 2, que assola o nosso país, e cujo uso nas cidades é obrigatória.
Quase todos os dias a Mídia noticia alguma demonstração de vaidade partida de alguma autoridade, seja não aceitando ficar nas filas de embarque dos aeroportos, seja não querendo submeter-se aos aparelhos de raios x, seja retendo a aeronave para poder embarcar em razão de ter chegado atrasado ao aeroporto. Em algumas repartições públicas várias autoridades possuem funcionários cuja missão é a de afastar-lhes a cadeira quando vão se sentar ou, então, segurar-lhes o guarda chuva, nos dias de chuva, para que não se molhem ao embarcar nos veículos oficiais.
A capacidade de criar benefícios próprios, mordomias e direitos é imensa por parte de nossas autoridades, que os detém em muito maior quantidade do que as autoridades de países bem mais desenvolvidos e ricos que o nosso. Em outros países, mais desenvolvidos, Ministros de Estado vão para o trabalho de metrô, de ônibus, de bicicleta. Moram em suas próprias casas e não em residências funcionais com tudo pago pelo Estado; isto é, pelo povo brasileiro.
Na maioria dos países desenvolvidos as autoridades viajam, exclusivamente a serviço, em aviões de carreira. Aqui viajam a serviço, e nas viagens particulares com as famílias e os amigos, em aeronaves do governo.
Quem desconhece a miséria do nosso povo e fica conhecendo a vida de uma autoridade brasileira, deve imaginar que somos um dos países mais ricos do mundo.
Muitas autoridades que ocupam cargos públicos possuem padrão de vida superior ao de grandes empresários nacionais que, com seus impostos escorchantes, bancam a vida de luxo destas autoridades.
O país com um déficit orçamentário, neste ano de 2020, da ordem de 800 bilhões de Reais, não pode continuar mantendo este padrão de vida de nossas autoridades, tendo que se endividar ou emitir moeda para continuar bancando despesas novas, criadas todos os dias por aqueles que não necessitam produzir riquezas para delas desfrutar.
Da forma como temos seguido nas últimas décadas, governados por uma cleptocracia instalada nos três poderes da República, como reconheceu há algum tempo, publicamente, um ministro da mais alta corte do país, algumas autoridades parecem imaginar que se lhes permite tudo, que o vício se autoriza, que o crime se justifica e que a vaidade faz parte integrante do cargo, no desempenho do qual algumas delas já perderam o pejo, a honra, a verdade e a consciência.
A vaidade se mostra nos pareceres rebuscados que tentam esconder alguma verdade trágica que irá impactar negativamente nas populações, mostrando-a como uma concessão benéfica do Estado; nas sentenças ininteligíveis que buscam absolver culpados ou defender o indefensável; nas leis aprovadas na calada da noite, sem ouvir as populações interessadas e que visam favorecer grupos ou então prejudica-los.
A vaidade se mostra na forma como se protegem corporativamente, impedindo o andamento de inquéritos ou arquivando-os por decurso de prazo.
O Brasil da atualidade não pode mais conviver com este tipo de autoridade, que busca servir-se e não servir. O povo precisa entender, de uma vez por todas, que só ele pode mudar uma situação de descalabro como esta, que chegou até onde chegou por seu exclusivo descaso. A própria Carta Magna de 1988, menciona em seu parágrafo primeiro do artigo primeiro:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. (grifo meu).

Não podemos continuar colocando no parlamento, como nossos representantes, cidadãos sem a menor condição intelectual e moral que, ao invés de desejarem o nosso progresso e a nossa ordem, pugnam pela desordem do quanto pior melhor, pelo conluio contra os eleitores, pelos seus exclusivos interesses particulares e grupais, pelas negociatas e maquinações lesivas ao tesouro nacional.
O resultado das próximas eleições, previstas para o mês de novembro do corrente, serão como um termometro a nos mostrar se a nossa temperatura política já baixou; isto é, se já nos curamos do vírus do descaso, da displicência, da incúria e da indiferença, que tem feito com que elejamos muitos políticos que trabalhem contra os interesses do país e do povo brasileiro.


_*/ Economista e doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.





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terça-feira, 21 de julho de 2020


383. Drama



Jober Rocha*




Segundo definem os dicionários, o vocábulo drama possui vários significados e interpretações. Conforme os dicionários Houaiss e Aulete, drama pode significar: "forma narrativa em que se figura ou imita a ação direta dos indivíduos", "texto em verso ou prosa, escrito para ser encenado" ou, mesmo, a "encenação desse texto". Por analogia pode ser considerada, ainda, "qualquer narrativa no âmbito da prosa literária em que haja conflito ou atrito", podendo ser conto, novela, romance, etc., ou mesmo toda a arte dramática.
O termo, segundo menciona, ainda, a biblioteca da WEB conhecida como Wikipédia é também encontrado no cinema, na televisão e no rádio, significando um texto ficcional, peça teatral ou filme de caráter sério, não cômico, que apresenta um desenvolvimento de fatos e circunstâncias compatíveis com os da vida real.
Na vida cotidiana, um conjunto de acontecimentos complicados, difíceis ou tumultuosos pode ser um drama, assim como um acontecimento que causa dano, sofrimento, dor. Mas estes são apenas alguns dos significados mais conhecidos.
Vê-se, portanto, tratar-se de palavra com diversas nuances e interpretações. Todavia, pretendo me ater a um único significado, que é aquele que tira o sono dos escritores, que faz com que percam a fome, que retirem suas vontades de se divertir, de caminhar pelo parque, de se exercitarem: a falta de imaginação sobre o que escrever.
Este drama atinge com maior intensidade àqueles escritores diários, de contos, crônicas, ensaios e poesias.
Escritores de romances e novelas, de um modo geral, já possuem ideia formada do enredo de suas obras e dos personagens e os capítulos diários fluem com muito mais facilidade.
Difícil é quando se foi dormir tarde, sobreveio uma noite de insônia e no dia seguinte, logo pela manhã, tem-se que dar início a um texto de cinco páginas comentando, narrando ou inventando algum episódio dramático, cômico ou sarcástico que atraia a atenção dos leitores e nada lhe ocorre na mente. Este é o verdadeiro drama a que me refiro.
  Qualquer escritor há de convir que tentar falar sobre a falta de assuntos, como faço agora, é uma das coisas mais difíceis que existe e que requer, até mesmo, certa maestria...
 O assunto, qualquer que seja ele, tem a propriedade de preencher (bem ou mal) todas as linhas de uma página e vai motivando o leitor a seguir o raciocínio do escritor até o final do texto.
A falta de assunto, por sua vez, abordada em algum texto, tem que ser bem conduzida (como já mencionei antes, até com certa maestria), para que aquele que lê a matéria não a abandone logo de início e vá dedicar-se a outra tarefa ou atividade de maior utilidade.
Assim, como veem os meus amigos, não é nada fácil para um escritor encontrar-se frente ao teclado e não ter nenhum assunto interessante na mente sobre o qual discorrer, ao menos, em algumas páginas.
 Eu compararia esta sensação de agonia e de desespero, que alguns escritores vivenciam ao passar pela situação em que ora me encontro, a mesma sensação que sente um prisioneiro prestes a ser fuzilado e que encara o pelotão de soldados já entrando em forma, recebendo a munição e alimentando as suas armas, sob o olhar sério do comandante que, em breve, dará as três ordens fatais: Preparar! Apontar! Fogo!
 Estejam certos, aqueles que me leem, que está é a mesmíssima sensação que outrora sentiam os condenados franceses ao serem conduzidos em carroças-prisão à Place de la Grève ou Place de l’Hôtel de Ville, em Paris, onde perderiam as suas cabeças na conhecida guilhotina.
O último trajeto que faziam pelas ruas da velha cidade, sentados no chão da carreta que os conduzia, contemplando os edifícios e as pessoas nas calçadas eram cheios de agonia; como aquela do escritor que, sentado em sua cadeira, contempla o teclado imóvel de uma tela de computador vazia.
O famoso escritor francês Victor Hugo, com certeza, passando por momento semelhante a esse em que hoje me encontro (isto é, sem nenhuma imaginação sobre o que escrever) e, talvez, tendo a mesma ideia de comparação daquilo que sentia com a sensação dos condenados a morte que eu tive, deve ter resolvido escrever a sua obra conhecida como “O último dia de um condenado”, conseguindo, com muito trabalho e imaginação, chegar a cerca de cinquenta páginas.
 Vejam meus amigos que, mesmo para um escritor famoso como ele, momentos de total ausência de ideias podem ocorrer com frequência. O que dirá, então, para aqueles que como eu ainda estão engatinhando no vasto mundo da Literatura?
 Desde o tempo dos sofistas, na Grécia antiga, a arte de enrolar leitores e ouvintes já fazia parte da Filosofia e era estudada e aprimorada. O sofisma, como sabemos, consiste em um raciocínio capcioso que objetiva defender algo falso e confundir aquele que contradita com o sofista. O sofista sempre procede de má fé e o seu objetivo é ganhar a discussão, mesmo não tendo razão. Mal comparando, eu diria que o objetivo do escritor é sempre encontrar alguém que leia aquilo que ele escreve, mesmo que nada justifique a sua leitura. Se alguém se dispuser a perder seu precioso tempo lendo o que escreveu, como qualquer sofista, ele já terá ganhado a sua ‘discussão’ com o eventual leitor.
 Os mais conhecidos sofistas gregos, da palavra, foram Protágoras, Górgias, Hipias, Licofron, Pródico, Trasimaco e Cálicles. Não me arriscaria a nomear sofistas da prosa e do verso na Literatura contemporânea, para não ferir suscetibilidades.
  O filósofo Arthur Schopenhauer, em sua obra ‘Como vencer um debate sem precisar ter razão’, estabeleceu 38 estratagemas da chamada Dialética Erística, formando um verdadeiro catálogo de trapaças bastante interessante, cuja ideia não era a de ensinar o leitor a trapacear, mas, apenas, prepará-lo para se defender das argumentações desonestas de seus adversários em eventuais debates.
 Como veem meus amigos leitores, o mundo da Literatura está repleto de textos filosóficos, romances, novelas, contos, ensaios, crônicas, poemas, etc., escritos por uns poucos escritores que têm, na realidade, alguma coisa a dizer e por muitos que, nada tendo, desejam apenas serem bem remunerados pelo tempo que gastaram.
Grande parte daqueles que escrevem com frequência, possui o único objetivo de vender palavras a leitores ávidos por conhecimento e/ou distração. As editoras, que antigamente faziam alguma seleção, pois remuneravam os escritores, hoje publicam livros sob a forma de coletâneas de autores diversos, onde ninguém recebe nada pelo seu texto.  Todavia, em muito poucos textos os leitores encontrarão aquilo que realmente procuram: distração de nível ou informações que desconheçam.
 Por vezes, grandes bibliotecas particulares são formadas por inúmeras obras sequer lidas ou, muitas vezes, apenas folheadas, por se tratarem de assuntos desinteressantes, constatados pelos leitores, tão somente, após terem adquirido as referidas obras literárias.
 A peça literária que mostra o seu valor, na minha modesta opinião de aprendiz de escritor, é aquela em que o leitor segue lendo com interesse até o final e, quando termina, não se sente traído pelo autor...



_*/ Economista e doutor pela universidade de Madrid, Espanha.

sábado, 18 de julho de 2020

382. O Brasil não foi sempre assim...


Jober Rocha*



Um dia desses pensava eu com meus botões sobre as causas que levaram muitas das mais altas autoridades brasileiras a tamanha degradação moral, a tamanha ambição pelo luxo e pela riqueza, a tamanho pouco caso pela situação do povo humilde e trabalhador sem conseguir atinar com suas razões.
 A sanha destas autoridades (algumas ainda poderosas na atualidade, outras já condenadas, mas ainda soltas) pela apropriação indevida do dinheiro público é algo sem precedentes em nossa história, embora nossa história não seja nenhum paradigma louvável.
A operação por todos conhecida como Lava à Jato, menciona algo em torno de oito trilhões de reais como o montante que teria sido desviado de forma fraudulenta por políticos, executivos e empresários, durante diversas décadas, acobertados pela grande mídia, cooptada pelas enormes verbas de publicidade que lhe eram presenteadas pelos governos de então.
Lembro-me bem que as coisas não eram assim em minha juventude, nem na do meu pai que me contava como era e o que ouvia do pai dele, meu avô, falar sobre a sua. Eram sociedades aquelas de então, onde, embora o Brasil fosse um país ainda pobre, as autoridades eram mais honestas, pensavam no futuro do país e do povo, viviam com seus salários. Não direi que não existiam desvios de recursos por servidores públicos, mas eram casos pontuais isolados, sem a generalização atual.
O que teria contribuído para uma mudança tão radical em tão pouco tempo, fazendo com que nós, os brasileiros, ficássemos conhecidos mundialmente como o povo que possui das autoridades mais corruptas de todo o mundo? Esta degradação geral que percebemos quotidianamente, eu posso dizer, sem medo de cometer algum engano, data apenas dos últimos trinta anos.
Fui procurar na história mundial razões que poderiam ter sido semelhantes às nossas e que me informassem algo sobre aquilo de terrível que se abateu sobre o Brasil nestas últimas três décadas, sem contar, evidentemente, com a ação nefasta do comunismo internacional que, tendo se esfacelado junto com a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), ficando restrito à Rússia, tentou se reorganizar no Continente Sul Americano, através da URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina), fazendo do Brasil o centro das reuniões do chamado Foro de São Paulo (entidade que congregava partidos e movimentos comunistas das Américas; bem como, organizações ligadas ao narcotráfico) e o grande financiador de recursos para o fortalecimento dos países comunistas, eufemisticamente chamados de socialistas bolivarianos.
Encontrei uma situação semelhante na Roma Antiga, situação esta que acabou transformando a tradicional República Romana no Império Romano. Primeiro mencionarei o que ocorreu com a República Romana para, depois, fazer as devidas ilações daquilo que teria ocorrido com o caso brasileiro.
Até o fim da Segunda Guerra Púnica, os romanos tinham sido um povo considerado pobre. Repentinamente, com suas vitórias na guerra, enriqueceram pelo saque do mundo mediterrâneo, cobrando indenizações dos povos vencidos. Conheceram, também, na ocasião, a riqueza dos povos do Oriente e das cidades gregas.
Foi isso, certamente, o que os transformou. Não mais admitiam viver da forma medíocre em que viviam. Passaram a gostar das vestes caras, dos tecidos suntuosos, das joias, braceletes e colares de pedras preciosas caras. Passaram a consumir perfumes, ao invés do azeite, em seus banhos. Passaram a promover festins, a elaborarem suas refeições com pratos refinados, a possuírem escravos (prisioneiros de guerra).
Transformaram suas casas em mansões, com interiores ricamente mobiliados, móveis caros, esculturas, pinturas, afrescos e mosaicos; bem como, construíram casas de fim de semana no campo, com todo o conforto.
Tal vida de luxo passou a exigir muito dinheiro, surgindo, assim, uma imperiosa necessidade de enriquecimento. Para tanto, todos os meios disponíveis foram considerados bons, inclusive aqueles fraudulentos.
Deu-se início, então, a corrupção dos costumes, ao desvio de recursos públicos e a perda das virtudes cívicas, que eram a grande força da República Romana. A corrupção generalizou-se entre as altas autoridades, ao mesmo tempo em que enfraquecia a vida familiar com a diminuição do respeito dos filhos pelos pais. Os divórcios tornaram-se frequentes, a taxa de natalidade caiu.
A própria religião se modificou. Os deuses romanos foram assimilados pelos gregos. A falta de religião fez grandes progressos. Muitos romanos passaram a adotar religiões orientais, cujos cultos eram muito mais sedutores, contrastando com a frieza dos cultos romanos.
Alguns homens, no entanto, patriotas e com visão de futuro, lutaram contra essas modificações e inovações, como Catão (234-149), por exemplo.
No fim do segundo século, a Civilização Romana já era Greco-Romana e o Estado Romano já estava moralmente enfraquecido.
Enquanto os ricos dividiam entre si as magistraturas e os negócios, a classe média dos pequenos proprietários tendia a desaparecer, em razão dos produtos agrícolas consumidos pela população chegarem à Roma, vindo dos territórios conquistados, mais baratos do que aqueles produzidos internamente no país.
O amor à pátria, a obediência às leis, a honestidade, o rigor pelo trabalho; em suma, as virtudes que fizeram a força da República Romana tendiam a desaparecer. O povo romano formava uma multidão de gente de diversas nacionalidades. Uma boa parte dessa plebe recusava-se a trabalhar e preferia recorrer às distribuições gratuitas de trigo que o governo, populista, fazia às classes mais pobres. Em Roma, um dia em cada dois era feriado. Existiam 175 dias de feriados por ano de 365 dias.
Generais ambiciosos, apoiados em seus exércitos e nas plebes romanas desejosas de pilhagens dão início, então, às guerras civis que culminam com a ditadura de César, pouco depois assassinado (44 a.C). Marco Antônio (general de César) e Otávio Augusto (filho adotivo de César) foram os que se insinuaram no lugar do chefe vago. Marco Antônio assumiu as colônias e as províncias do Oriente e Otávio as do Ocidente, que incluía a Itália. Vitorioso sobre Marco Antônio, que se suicidou com a esposa Cleópatra (31.a.C), o senado romano concedeu vitaliciedade à Antônio, passando este a usar o título de imperador e o senado concedeu-lhe o título de Augusto (29 a.C - 14 d.C). Teve, então, início o Império Romano que terminou em 476 d.C.
Aqui me detenho e passo a analisar o caso brasileiro. Sem dúvida, os leitores mais perspicazes já notaram inúmeras semelhanças entre a República Romana, de então, e a República Federativa do Brasil atual.
No Brasil, tradicionalmente governado por oligarquias, no último ano do movimento militar de 1964 (inserido este no contexto da chamada Guerra Fria), baseado nas ideias do General Golberi do Couto e Silva, o general presidente, João Figueiredo e seus assessores militares, resolveram criar uma esquerda ‘dita confiável’, após o término dos movimentos guerrilheiros, urbano e rural, iniciados oficialmente em 1968 e totalmente vencidos pelas Forças Armadas em 1975.
Assim, no governo do General João Figueiredo, os militares, pensando na abertura política que pretendiam fazer, criaram, na ocasião, diversos partidos políticos aos quais os guerrilheiros, já anistiados, se filiaram. Muitos deles concorreram logo na primeira eleição, em 1985, a cargos políticos e foram eleitos. O presidente eleito, na ocasião foi Tancredo Neves, mas faleceu e assumiu José Sarney, do partido ARENA (Aliança Renovadora Nacional), de direita. A seguir assumiu Fernando Collor, de direita, no período 1990/92, sendo destituído pelo Congresso. Assumiu, a seguir, Itamar franco, de 92/95, também de direita.
O primeiro presidente de esquerda eleito foi FHC, para o período de 1º de janeiro de 1995 a 1º de janeiro de 2003, quando assumiu Luiz Inácio Lula da Silva de 2003 a 2011. A seguir, assumiu Dilma Rousseff, de 2011 a 2016, quando recebeu impeachment. Todos os três concorreram à presidência por partidos políticos de esquerda.
FHC, sociólogo, era considerado um intelectual comunista, que já então pensava em comunizar todo o continente latino americano. Era amigo e frequentador da mansão de George Soros, financista por detrás da Nova Ordem Mundial. Passou seu governo para um proletário, metalúrgico oriundo das classes mais baixas, porém com um imenso carisma popular e uma tremenda ambição por poder e riqueza. Lula passou seu governo para a ex guerrilheira Dilma Roussef, filha de um imigrante búlgaro falido, que veio para o Brasil no final da década de 1930 tentar a sorte.
Estou certo de que o país começou a mudar a partir de 1995. Como na República Romana, o contato de pessoas simples e de vida austera e pobre com o fausto e o luxo; isto é, de gente do povo tornados governantes de uma hora para a outra, vivendo, a partir de então, em palácios e consumindo coisas que jamais haviam consumido antes.  Em suma, tratava-se de gente humilde e de sua corte de sindicalistas colocada frente a frente com uma vida para a qual jamais haviam sido preparados, como costuma ocorrer nas famílias destinadas à realeza. Como podemos perceber, o fato provoca mudanças enormes na psique dos indivíduos.
Pessoas oriundas de classes de renda baixa, sem uma formação moral rígida, passaram, de uma hora para outra, a conviver e a manter relações promiscuas com empresários e empreiteiros milionários, que ocupavam os seus tempos disponíveis apenas com consumir o que a vida oferece de melhor, além de ganhar dinheiro maquinando negociatas espúrias visando, unicamente, desviar dinheiro dos cofres públicos para enriquecer cada vez mais. A vida dos novos governantes eleitos pelos partidos de esquerda e de suas cortes, neste novo meio, acabou por coloca-los a perder.
Começou, então, uma época em que o país foi assolado, por um lado, pelos ideólogos de esquerda que viam naqueles governantes do momento a oportunidade que tanto esperavam de usar as táticas de Antônio Gramsci para a tomada do poder e para a implantação de um governo comunista em nosso país. O Foro de São Paulo, com suas orientações, buscava no Brasil os recursos financeiros gratuitos para fortalecer os partidos comunistas da América Latina, fomentar as ações de desestabilização de diversos países ainda não cooptados para a via do comunismo e engordar algumas contas particulares de vários de seus dirigentes.
O que se passou com o nosso país nas últimas três décadas pode, resguardadas as diferenças históricas, ser comparado com a época que culminou com o fim da República Romana. Aqui em nosso país, se não fosse uma intervenção popular mantida através das redes sociais a influenciar a eleição do deputado federal Jair Bolsonaro, em 2018, ter-se-ia culminado com o fim do Sistema Capitalista para dar início ao Comunismo, sob o nome mais simpático de Socialismo Bolivariano, conduzido por um presidente de esquerda do Partido dos Trabalhadores.
Mas, voltando ao assunto em que estávamos, enquanto uma classe dos participantes do governo de esquerda eleito, ideologicamente contaminada pelo marxismo, fazia tudo aquilo necessário para transformar nossas instituições republicanas em instituições comunistas, agindo nos três poderes da república e tomando o controle do estamento do Estado; outra classe, a dos cleptocratas, mais acima da anterior, maquinava maneiras e formas de se apropriar do dinheiro público em benefício próprio.
Para tanto, ademais de cooptar a mídia, em geral, cooptaram também os artistas, as igrejas e os militares, em particular. Com isto estas duas classes buscavam, destes agentes citados, o silêncio que permitiria que comandassem os destinos do país agindo sem resistência e sem chamar a atenção da grande massa trabalhadora para a armadilha que lhes estava sendo preparada.
Eram, pois, duas as ações sendo levadas a cabo em um mesmo momento: uma delas pela cúpula envolvida com empreiteiros e empresários vendendo leis e decretos, proporcionando renúncias fiscais, promovendo concorrências fraudadas e praticando superfaturamento nas obras e nas vendas de bens e serviços à administração direta do governo e às empresas estatais.
A outra pela cúpula que estava encarregada de difundir o marxismo nas escolas e universidades, nas forças armadas, nas estatais e nas repartições governamentais, em fazer contato com governos de países comunistas, em criar novas leis que facilitassem a ação esquerdista e dificultasse uma eventual reação da direita, em modificar a família, em substituir a moral estabelecida, através de conceitos religiosos de virtudes, pelo comportamento politicamente correto onde vale tudo, inclusive os vícios.
A própria Força Nacional de Segurança, nos moldes das SA nazistas, se tratava de uma guarda pretoriana, armada, sob o comando do Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, criada durante o seu governo em 2004 e a revelia da Constituição Federal, objetivando, veladamente, romper focos de resistência que, certamente, surgiriam com a tentativa de comunização do país, que os ideólogos de esquerda pretendiam promover em breve.
"A História sempre se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa", consiste em uma velha frase atribuída ao próprio filósofo Karl Marx.
O Brasil ao qual me refiro, das três últimas décadas e cujo desfecho final ainda não terminou, repete como farsa a tragédia que vitimou a República Romana.
  A farsa, no nosso caso atual, pode, ainda, ser percebida quando grande parte da elite nacional, intelectual e empresarial, se volta contra o novo presidente eleito pelos cidadãos de bem do país, que deseja governar por novas regras políticas, diferentes daquelas até então vigentes e chamadas de “Toma lá, dá cá” ou de “Velha Política” em que nada é de graça e todo apoio político tem seu preço no ‘mercado da patifaria’, por onde se esvaem as verbas públicas arrancadas via impostos arrecadados de maneira escorchante do trabalho diário dos cidadãos de bem, trabalhadores estes considerados simplesmente como ‘contribuintes’.
Espero que seja possível a esta nossa atual geração de brasileiros dar uma lição ao filósofo Karl Marx, mostrando que, realmente, a história sempre se repete; mas, não, apenas, duas vezes, conforme apregoado por ele. Estou certo de que a história pode se repetir, ainda, uma terceira (ou quarta vez) e desta outra como um simples drama histórico, no qual o bem termina, finalmente, triunfando sobre o mal e triunfando também sobre muitas das falsas teses enunciadas por Marx como verdadeiras em 1867, teses estas que o Foro de São Paulo tentou, de forma infrutífera e criminosa, ver aplicadas em nosso país nas últimas décadas em que prevaleceram os famigerados e lesivos governos de esquerda no Brasil.
Reconheço que nos faltaram e ainda faltam, a mesma coragem e o mesmo destemor comuns aos nossos pais, avós e bisavós, desbravadores e construtores deste país, que conseguiram dar um basta à violência, a criminalidade e aos desmandos dos títeres existentes na época em que viveram; coisa que nós, seus filhos, netos e bisnetos ainda não logramos fazer acontecer.


_*/ Economista e doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.