sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

355. Sobre as epidemias e as pandemias que nos assolam de tempos em tempos


Jober Rocha*



                                   Epidemia, segundo os dicionários, consiste em uma doença geralmente infecciosa, de caráter transitório, que ataca simultaneamente grande número de indivíduos em uma determinada localidade.
                                                   A tão falada pandemia, por sua vez, consiste na epidemia de alguma doença infecciosa que se espalha entre a população de uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente ou, até mesmo, todo o Planeta.
                                                        A atual pandemia pelo Coronavírus, originada na China ao que parece, não é a primeira nem será a última na vida de todos os terráqueos e a extensão dos seus efeitos danosos só poderá ser aquilatada no futuro.
                                                    A História da civilização humana tem registrado inúmeras epidemias e pandemias, desde o ano de 428 a. C. quando surgiu a primeira de que se tem notícia, isto é, a Peste de Atenas. Depois desta veio a Peste de Siracusa, em 396 a. C. A seguir, depois de Cristo, entre os anos de 251 e 266 surgiu a Peste Antonina.  Em 542 surgiu a Peste Justiniana. A Peste Negra ocorreu entre 1333 e 1351; a Cólera ocorreu de 1817 a 1824; a Tuberculose, de 1850 à 1950; a Varíola de 1896 à 1980; a Gripe Espanhola de 1918 à 1919; o Tifo, de 1918 à 1922; a Febre Amarela na Etiópia, de 1960 à 1962; o Sarampo, até 1963; a Malária, até 1980; o surto de Ebola na África Ocidental, que se iniciou em dezembro de 2013, na Guiné, e se propagou em diversos países do oeste do continente africano, com muitas mortes registradas; a AIDS, desde 1981. 
                                                Muitas das epidemias não se transformam em pandemias em virtude de medidas terapêuticas e profiláticas adotadas à nível mundial, evitando, assim, sua disseminação pelo planeta. Ficaram restritas a um único país, as seguintes, dentre outras: Doença dos Legionários, USA, 1976; Criptosporidiose, 1976, USA; Febre Hemorrágica, 1976, Zaire; Hantavirose, 1977, Coréia; Hepatide D, 1980, Itália; Virus 1 Linfotrópico-T, 1980, Japão; E. Coli, 1982, USA; Enterilide Salmonella PT4, 1988, Reino Unido; Hepatite C, 1989, USA; Febre Hemorrágica da Venezuela, 1991, Venezuela; Febre Hemorrágica do Brasil (Dengue), 1994, Brasil.
                                                   Informações, supostamente, cientificas indicam que, nos últimos vinte anos, cerca de sessenta por cento das epidemias humanas tiveram suas origens em micróbios oriundos de outras espécies animais e de insetos. O mundo em que vivemos, ao que parece, está cheio de micróbios vivendo em organismos animais e no meio ambiente, que desejam sobreviver e perpetuar-se às nossas custas, passando a habitar e se proliferar em nossos corpos. 
                                                 Ademais, existem ainda os micróbios armazenados em recipientes especiais de instalações secretas espalhadas pelo mundo, que fazem parte da chamada Guerra Biológica desenvolvida por diversos países com o intuito de destruir ou incapacitar seus inimigos; bem como, aqueles mantidos em laboratórios de pesquisas e em fabricantes de vacinas.
                                                  Tais microrganismos, muitas vezes, contaminam os seres humanos através do contato ou da ingestão, por estes, de carnes de animais e de insetos contaminados, fato muito comum nos países asiáticos, notadamente na China, africanos e sul americanos. A transmissão também ocorre pelo contato entre os indivíduos (secreções, espirros, toques, etc.); bem como pela falta de higiene corporal, contato com objetos contaminados, picada de insetos, etc.
                                                    Muitos desses micróbios, ao passarem a habitar corpos humanos, sofrem mutações naturais que os tornam resistentes aos medicamentos tradicionalmente utilizados. Outros são modificados geneticamente, de maneira artificial, pelas mãos dos cientistas, de forma a aumentar sua letalidade no âmbito de uma eventual Guerra Biológica.
                                                 Alguns cientistas afirmam que os microrganismos mencionados sofrem mutações naturais, decorrentes de um mecanismo evolutivo que leva em consideração os processos biológicos e os medicamentos empregados para combatê-los, tornando-os imunes a estes. Assim, eles se tornariam resistentes para aqueles medicamentos e processos tradicionais, sendo, pois, necessários novos medicamentos e novos processos para destruí-los eficazmente, em um 'moto continuo' que manteria as engrenagens industriais sempre em movimento, gerando lucros para os fabricantes de vacinas e de outros medicamentos.
                                                  Ocorre que alguns pesquisadores já declararam publicamente que os cientistas podem, eles mesmos, modificar geneticamente os micro-organismos e preparar processos e medicamentos que os combatam. Ora, para isto virar uma poderosa indústria não falta mais nada, desde que a ética não se faça presente nem a vigilância sanitária e as autoridades da área da Saúde Pública dos países produtores e dos países consumidores destes processos biológicos e dos medicamentos produzidos.
                                                   É voz corrente, ainda, que as autoridades sanitárias públicas, desaparelhadas, sem recursos e sem pessoal técnico qualificado, seguem a reboque dos centros de pesquisas científicas, públicos e privados, contendo muitos doutores, diversos pós doutores e mestres em profusão, contando com equipamentos moderníssimos e com verbas imensas para pesquisas promissoras e sempre lucrativas. Desta forma, periodicamente, somos alvejados com novos medicamentos e novos processos biológicos, que os técnicos afirmam ser mais eficientes que os anteriores contra estes nossos inimigos invisíveis a olho nu. 
                                               Pelo que posso perceber, independente de quaisquer considerações de ordem filosófica, altruísta, filantrópica e religiosa que se possa fazer, trata-se, evidentemente, de um excelente negócio comercial. O pulo do gato estaria, pois, não em se apropriar de um bem livre como os microrganismos, mas, sim, em evitar que este bem fique livre, isto é, que fique sem controle na Natureza.
                                             Com os novos processos biológicos e os novos medicamentos, seus consumidores terão, a partir da aquisição deles nos locais de venda, o poder de impedir a sua proliferação, de controlar os seus efeitos e de destruí-los.
                                               É, sem dúvida, uma maneira engenhosa de ganhar dinheiro combatendo algo que está livre na Natureza e que, portanto, não pertenceria a ninguém.
                                                  Algum leitor mais curioso poderia questionar: - Por que existem estes microrganismos livres na natureza ou vivendo nos próprios corpos de animais e de insetos e que, periodicamente, nos assolam?
                                                     A resposta não é difícil de perceber. Tratar-se-ia de um mecanismo biológico da própria natureza (da mesma forma como ocorre com as pragas agrícolas que atingem as espécies vegetais que se proliferam em demasia com relação as demais, rompendo o equilíbrio ecológico) que regularia (ou tentaria regular) a proliferação descontrolada da espécie humana, com relação as demais espécies animais.
                                              Voltando, pois, ao que dizíamos, cientistas vinculados aos governos ou à algumas empresas que para eles prestam serviços, encontraram, também, uma forma criativa de ganhar dinheiro com estes bens livres mencionados, porém, agora, de maneira contrária.
                                                  Tais cientistas reproduzem estes micro-organismos com a finalidade de armazená-los em grandes quantidades, visando a uma eventual guerra bacteriológica futura. Por maior que sejam os mecanismos de controle, nada garante que não possam ocorrer acidentes com o vazamento de grandes quantidades destes vírus armazenados. Caso ocorram, os governos jamais dirão a verdade, pois a guerra biológica não é permitida pelos tratados internacionais.
                                               O pulo do gato, neste caso, consistiria em modificar geneticamente os micro-organismos (mantendo estocados, também, medicamentos e processos biológicos eficazmente desenvolvidos para destruí-los), de modo a que os eventuais exércitos inimigos, desconhecendo as modificações feitas nos microrganismos estocados, não possam neutralizar os seus efeitos com os tradicionais medicamentos, vacinas ou processos biológicos disponíveis em seus países.
                                           Vejam, pois, meus caros leitores, que os microrganismos, algo até então livre na Natureza como os raios de sol, a água e o ar, já estão aprisionados. 
                                                  A estatização da água, por sua vez, já ocorre em várias partes do mundo. Em muitos países a água do subsolo já pertence ao governo, não podendo ser apropriada ou explorada pelo detentor do solo.
                                             Em muitos países, os microrganismos existentes no solo urbano (necessários para a produção vegetal) são, também, de propriedade do governo, fazendo com que o proprietário do solo urbano não possa cultivar o seu próprio solo com hortaliças, legumes ou frutas. Em alguns países a captação e o aproveitamento particular da energia solar já é proibido. Em alguns outros a energia eólica só pode ser captada pelo governo.
                                                  Resta, tão somente, para finalizar, a estatização do ar, dos raios solares e da temperatura ambiente. 
                                                  O efeito da luz provocada pelos raios solares já foi substituído pelo das lâmpadas (proporcionando ganhos aos seus fabricantes, que recolhem impostos aos governos). 
                                                    O efeito da temperatura ambiente pode ser modificado pela calefação e pelo ar condicionado (também produzindo ganhos aos seus produtores e impostos aos governos). 
                                                       Sobrou, apenas, o ar atmosférico, que ainda não tem um substituto barato, fácil de ser utilizado pelos indivíduos e que permita aos governos arrecadarem impostos e aos empresários obterem lucros (a não ser os produtores de cilindros de ar para mergulhadores e de oxigênio para hospitais).
                                                    Como a criatividade humana é muito grande e a sua ganância também, estou convencido de que muito em breve surgira um substituto para o ar que respiramos ou, então, em virtude desta excessiva ganância humana, nós todos iremos é parar definitivamente de respirar.


_*/ Economista e doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.

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