sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

160. A Nova Ordem Mundial e o controle das águas e dos alimentos** 


Jober Rocha*



                             A denominada Nova Ordem Mundial, como os leitores já sabem, consiste em um rompimento radical na forma e conteúdo das relações internacionais entre as nações. Promovido, de forma velada, pelas elites que comandam os destinos do planeta, a NOM seria implantada e coordenada, de comum acordo, pelas autoridades dos países mais desenvolvidos militar e economicamente, que indicariam qual o rumo a ser seguido pelos demais países. Por detrás destas autoridades estariam as elites empresariais (e suas famílias), que desde há muito conduzem os destinos do planeta de forma velada e através de seus prepostos.
                         Na agenda da NOM estão incluidos: implantação de um governo mundial, de uma moeda única, de uma única religião, de forças armadas de âmbito mundial, de uma única língua, da extinção dos países e respectivo sentido de patriotismo, da redução drástica de enormes contingentes populacionais e das taxas de natalidade, da criação de foros internacionais para deliberar e julgar sobre as questões jurídicas, do desarme das populações e, finalmente, da obrigatoriedade de todos os cidadãos, do planeta, implantarem, sob a pele, um chip, que conteria todas as suas informações pessoais e funcionais, sem o qual eles estariam impossibilitados de se utilizar dos serviços públicos (transportes, saúde, etc.) e bancários (contas correntes, cartões de crédito, investimentos, etc.). 
                                    Tais medidas não objetivariam a melhoria das condições de vida das populações mundiais, mas, tão somente, a manutenção do domínio das elites sobre uma crescente população mundial, que necessitaria ser reduzida face à escassez de recursos naturais e ambientais e ao crescente progresso tecnológico, no que respeita a robótica, a inteligência artificial e a informática (que irão gerar enorme desemprego nos próximos anos). Se nada for feito em seu benefício, as atuais elites acabarão por perder o domínio que possuem sobre os indivíduos e sobre a economia e as relações sociais.
                              Essas medidas ambicionadas, embora pareçam impossíveis de serem implantadas a nível planetário, aos poucos, estão sendo levadas à termo por organismos internacionais, países isolados, estados e diversas entidades públicas e privadas, em um processo que poderíamos denominar de “comer pelas beiradas”. Leis, decretos, portarias, etc. são, diariamente, promulgadas em diversos países do mundo, quase sempre a revelia das populações, estabelecendo proibições, limitações e novos modos de conduta a serem seguidos, visando, todos eles, a facilitar a implantação desta NOM e de seus objetivos.
                                Recentemente, por proposta do deputado paulista Antônio Feliciano Filho, a câmara aprovou a PL 87/2016, que trata da proibição do consumo de carne nas segundas feiras em todos os restaurantes de órgãos públicos (repartições, escolas, hospitais, presídios, quartéis, etc.) do Estado de São Paulo. O argumento utilizado a nível mundial é o de atender a causa do sofrimento animal, aos praticantes do vegetarianismo e à redução do CO2 responsável pelo efeito estufa (cujo grande emissor, supostamente, seria os rebanhos animais e não os veículos automotores). 
                                  Muitos brasileiros não verão nada de mais nesta medida de proibição proposta pelo deputado através de lei; mas ela não é nem original, pois faz parte da campanha encabeçada por Paul McCartney no Reino Unido e denominada ‘Meat Free Mondays’, que já alcançou 44 países e cujo objetivo de cobertura é “a mobilização das pessoas para uma alimentação com menos sofrimento animal e impactos negativos no planeta”. As cidades de Ghent, na Bélgica, e São Francisco, na Califórnia, já aprovaram leis semelhantes e fazem parte do programa capitaneado por McCartney. Posteriormente, a medida, caso não seja vetada pelo governador de São Paulo, poderá ser estendida para outros dias da semana, para os produtos lácteos também e para outros Estados da Federação.
                             Ao mesmo tempo, um tribunal na Flórida, USA, recentemente declarou ilegal cultivar a sua própria comida no quintal das residências, fazendo hortas. Os proprietários e inquilinos poderiam plantar, apenas, flores e árvores que não dessem frutos; mas estavam proibidos de plantar árvores frutíferas e vegetais para alimento. A multa para os infratores é de US$ 50,00 por dia. Em alguns países, como a Espanha, por exemplo, é proibido captar água de chuva. Em outros, cavar poços artesianos para obter água. O argumento é de que a água é monopólio do Estado e, por estar no subsolo ou no espaço (caso da chuva), não pertenceria ao proprietário do terreno onde fosse encontrada.
                                  Em março de 2012 o presidente dos USA emitiu uma ordem executiva denominada Defesa Nacional de Prevenção de Recursos, segundo a qual o presidente teria autoridade para assumir o controle sobre todos os recursos do país, no que respeita a trabalho, alimentação, indústria, etc., desde que fosse feito para promover a defesa nacional; frase esta tão vaga que poderia significar, praticamente, qualquer coisa.
                                    Empresas de engarrafamento de água e de bebidas estão se apropriando, através da compra em leilão ou do arrendamento, de reservatórios de água subterrâneos, ao mesmo tempo em que indústrias de todos os tipos contaminam rios, lagos e lagoas com seus resíduos e substâncias químicas, utilizados nos processos industriais, sem nenhuma despesa com os custos de tratamento de seus efluentes.
                                     Mas o que estaria por detrás destas medidas mencionadas, que, a par de imporem novas regras comportamentais aos seres humanos, querem impedir os indivíduos de comer carne, de ingerir os demais produtos de origem láctea e de produzir sua própria comida e água?

                                     Em primeiro lugar, creio que o objetivo destas medidas seria desviar o foco do assunto principal, que seria a implantação da NOM com redução drástica da população mundial (em razão do esgotamento dos recursos naturais e ambientais decorrentes de uma população mundial de cerca de sete bilhões de seres humanos consumindo e eliminando dejetos), através de uma ‘estória de cobertura’ formulada para justificar os argumentos para a implantação da NOM, estória esta que seria a seguinte: 

1. Para combater o efeito estufa (causador do aquecimento das águas marítimas, que acarretariam o degelo polar e a elevação do nível dos mares, com alagamentos de cidades litorâneas) através da redução da emissão de gases, seria necessário reduzir ou eliminar a produção de carne bovina e produtos lácteos, responsável, supostamente, por aproximadamente 20% ou mais das emissões mundiais de gases causadores do efeito estufa.

                             “O degelo polar, como decorrência do efeito estufa, é contestado por vários cientistas que o atribuem a um fenômeno natural que ocorre na Terra em determinadas épocas do período geológico”. 

2. Segundo a ONU (organismo a serviço da NOM), um granjeiro pode alimentar trinta pessoas, durante um ano, com um hectare de terreno, produzindo, apenas, vegetais, frutas e cereais. Produzindo ovos, leite e carne, na mesma área, o número de pessoas que poderia alimentar cairia para cinco a dez por ano. Assim, do ponto de vista, do bem estar mundial, seria mais conveniente substituir a produção de carne e derivados lácteos pela de vegetais, cereais e frutas. 
                              "Caso a NOM não consiga se implantar e reduzir a população de forma rápida, uma substituição das áreas destinadas à produção de carne e de produtos lácteos pela produção de vegetais, cereais e frutas tornar-se-ia mandatória, pois se espera que grassará a fome em todo o mundo, caso a população continue crescendo às atuais taxas. Veja bem que esta preocupação da NOM nada tem a ver com o bem estar da população mundial (que ela quer ver sendo reduzida), mas, apenas, com evitar o caos provocado pela fome e a conseqüente convulsão social que se seguiria mundialmente”.  

3. O desenvolvimento do veganismo (promovido por diversas Organizações Não Governamentais), movimento a respeito dos direitos dos animais (que nada tem a ver com vegetarianismo) e que afirma, por razões supostamente éticas, que os veganos são contra a exploração dos animais. O boicote a atividades e produtos que são contra os direitos dos animais é uma das principais ações praticadas por quem adere a este movimento, que, segundo muitos, é uma obrigação moral de todos os seres humanos; especialmente daqueles que dizem reconhecer que os animais têm direitos.
                                   “Ocorre que, desde os primórdios do homem sobre a face do planeta, o consumo da carne animal tem feito parte da dieta alimentar dos seres humanos. Graças a esta dieta, a espécie humana conseguiu sobreviver e se multiplicar, chegando ao estágio de desenvolvimento que apresenta nos dias atuais”. 
                                   “O veganismo estaria, pois, a serviço da NOM; na medida em que forçaria o consumo, por parte dos seres humanos, da proteína de origem vegetal em detrimento da proteína de origem animal”. 
                                “Quando pensamos em uma alimentação equilibrada e um corpo saudável, não podemos deixar de lado as proteínas, que participam de todas as estruturas do corpo, além de contribuírem para a formação dos músculos e muitas outras funções do sistema nervoso e de defesa”.“Quando ingeridas, as proteínas são quebradas em aminoácidos. “Proteínas e aminoácidos são usados para quase todas as funções metabólicas do corpo; entretanto, diferentes proteínas podem variar enormemente no tipo de aminoácidos que contêm”. 
                               “Enquanto proteínas animais tendem a conter um bom equilíbrio de todos os aminoácidos que precisamos, algumas proteínas vegetais são pobres em certos aminoácidos”. 
                                 “Por exemplo, algumas proteínas vegetais chaves são, frequentemente, pobres em metionina, triptofano, lisina e isoleucina”.

 4. O controle estatal sobre as fontes de abastecimento de água, por sua vez, objetivaria, segundo a estória de cobertura divulgada, as suas preservações. 
                         “Ocorre que os países, notadamente os subdesenvolvidos do Terceiro Mundo e seus Estados, componentes das suas Federações, pouco ou nenhum controle exercem sobre os mananciais que possuem; constantemente poluídos por efluentes industriais e por dejetos oriundos do lixo urbano”. 
                                       “Assim, uma eventual proibição governamental de captação das águas da chuva e do subsolo, nas propriedades particulares, objetivaria, tão somente, impedir aos seres humanos as suas sobrevivências individuais, de maneira independente do Estado. Da mesma maneira, funcionaria a proibição da construção de hortas e pomares residenciais”

5. O controle sobre a posse de armas de fogo, por sua vez, é feito sob a argumentação de que objetivaria a redução da violência.
                             “Ocorre que o verdadeiro motivo deste controle é impedir que uma população armada faça frente a um Estado autoritário, muitas vezes ilegítimo, que deseja perpetuar-se no poder na defesa de uma elite nacional corrupta e a serviço da NOM”.

                                  Em segundo lugar estas proposições formuladas pela NOM, poderiam estar atreladas a um protocolo estabelecido por entidades extraterrestres, objetivando permitir a nossa integração, como raça cósmica, a alguma federação interplanetária porventura existente. Na atualidade, é impossível negar a existência de seres extraterrestres que nos visitam constantemente, tantas são as fotografias, filmes, depoimentos e imagens de radar de aeronaves e de aeroportos, que comprovam a veracidade destes eventos. Segundo informações divulgadas por ufólogos, tais seres, que já teriam mantido contatos com as autoridades dos principais países, teriam as suas sociedades organizadas da forma holográfica (onde as informações disponíveis seriam do conhecimento de todos) e não da forma piramidal como a nossa, onde todas as informações disponíveis seriam do conhecimento, apenas, daqueles poucos que estivessem no topo da pirâmide.
                                       A nossa integração a esta federação poderia facilitar-nos obter conhecimentos científicos e tecnológicos importantes, razão pela qual as nossas elites buscariam atender ao protocolo extraterrestre, mantendo o controle sobre os seres humanos e sobre a economia do planeta. Este protocolo objetivaria, basicamente, fazer com que a raça humana se unisse em torno de um projeto comum do interesse de todos, e acabasse, de uma vez por todas, com a competição nefasta que, na posse do conhecimento da fissão e da fusão nuclear, coloque em risco a nossa vida e a vida de outras raças e de outras civilizações existentes no Universo. As elites dominantes estariam, pois, tentando se adequar ao protocolo extraterrestre, sem perder o controle sobre a população do planeta; caso o excesso populacional e a carência de recursos naturais e ambientais conduzissem a uma convulsão social mundial.
                                      O fato é, acreditem ou não, que decisões importantes que influenciarão a vida humana no planeta, nos próximos séculos, estão sendo tratadas hoje sem a participação da maioria dos seres humanos, considerados pelas elites mundiais como escravos em uma servidão consentida, sobre a qual, não tendo ciência de sua existência, não oferecem nenhuma resistência.


_*/ Economista e Doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.

_**/ Ensaio



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