248. Animais! Não desanimais!
Jober Rocha*
Alguém já disse que poucas tragédias têm a intensidade dos incêndios. As chamas consomem aquilo em que tocam, transformando em cinzas o que pouco antes tinha forma, cheiro, cor e, em alguns casos, até sabor.
Da mesma forma, também, alguém já mencionou que as horas mais tristes da vida são aquelas em que duvidamos de nós mesmos.
Recentemente, nós, brasileiros, passamos por duas grandes tragédias que fizeram com que muitos de nós chegássemos a duvidar da capacidade de, algum dia, chegarmos a superar os nossos óbices e viver em paz e harmonia, em um país civilizado e desenvolvido.
Creio, mesmo, que este é um sonho que têm alimentado inúmeras de nossas gerações, mas, que, infelizmente, jamais se concretizará; pois, os interesses em conflito são tantos e de tal magnitude, que tais interesses dificilmente se porão de acordo em benefício do nosso povo. Estes interesses mencionados passam pelos quatro campos do poder nacional: Econômico, Militar, Político e Psicossocial (e eu acrescentaria duas componentes importantes que permeariam estes quatro campos: a componente religiosa e a ideológica).
As duas grandes tragédias mencionadas no início, foram: o incêndio (de origem suspeita, segundo as primeiras informações periciais, não se descartando a intencional) do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, e o atentado sofrido pelo candidato do Partido Social Liberal - PSL ao cargo de Presidente da República, líder nas pesquisas de opinião, no qual ele foi gravemente ferido a faca.
Na primeira tragédia, ao que tudo leva a crer pelas notícias divulgadas, o objetivo teria sido o de apagar, definitivamente, o nosso passado e o desejo de muitos brasileiros da volta da Monarquia como forma de governo. O museu foi a primeira residência no Brasil da família real portuguesa, de 1808 a 1821. Tornou-se museu em 1892 e foi totalmente destruído em 02.10.2018. Catalogados e divididos em coleções de Ciências Naturais e Antropológicas, possuía 20 milhões de itens. Relacionados às Ciências da Terra e a Meteorística (relativa a meteoros), possuía 70 mil itens. Detinha enormes coleções de Mineralogia, Petrologia, Paleontologia, Antropologia Biológica, Arqueologia, Antigo Egito, Culturas Mediterrâneas, América Pré-Colombiana, Arqueologia Brasileira, Etnologia, Etnologia Indígena Brasileira, Etnologia Africana e Afro-Brasileira, Culturas do Pacífico, etc.
Ademais disso, o museu possuía móveis antigos que pertenceram a família real e o próprio prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico Brasileiro. Tudo isto, ao que parece, se perdeu consumido pelas altas temperaturas das chamas.
Na segunda tragédia buscou-se, com toda a certeza, apagar o nosso futuro, pois o candidato vitimado, dentre todos aqueles com chances efetivas de serem eleitos, é o único liberal, que não responde a nenhum inquérito na justiça e que prometeu uma limpeza geral nos três poderes da república, naquilo que se refere ao desvio de verbas públicas através da corrupção dos agentes do Estado. É também o único que prometeu combater, seriamente, o crime comum e as facções criminosas organizadas, dedicadas ao narcotráfico, ao contrabando, ao roubo de cargas e ao tráfico de armas.
Nosso país já vivenciou algumas boas oportunidades de se transformar em uma potência mundial, mas, infelizmente, as elites nacionais jamais estiveram à altura da obrigação que delas se esperava; isto é, a de dar esse importante passo. Parece que o antigo espírito do colonizador, de extrair riquezas e enviá-las para a matriz, ainda permanece vivo em nossas elites. Uma grande maioria possui contas correntes e aplicações financeiras em paraísos fiscais no exterior, para onde remetem os recursos desviados ilicitamente do tesouro nacional, através de suas maquinações que incluem malversações, concorrências fraudulentas, atividades ilícitas diversas ou simples roubos de bens públicos.
Nossa economia já chegou quase a rivalizar com a da Índia e a da China, notadamente no início do século passado.
Em 1950 o PIB do Brasil era a metade do PIB da China e, também, a metade do da Índia.
Em 1999 o nosso Produto Interno Bruto era de 1.057 bilhões de dólares, enquanto o da Índia era de 1.805 bilhões de dólares e o da China de 4.800 bilhões de dólares. O PIB da China era cerca de 5 vezes o nosso e o da Índia quase duas vezes.
Dezoito anos depois, em 2017, o PIB da China (23 bilhões de dólares) é 7 vezes o do Brasil (3 bilhões de dólares) e o da Índia (9 bilhões de dólares) é 3 vezes o nosso.
Enquanto a China cresceu acima de 7% ao ano, crescimento real, desde 1999 até 2015 (16 anos); a Índia cresceu sempre acima de 5% ao ano no mesmo período de 15 anos (excetuando-se 99/01/02/13 e 14, que foram pouco abaixo); o Brasil, no mesmo período de 15 anos, na maior parte do tempo apresentou crescimento abaixo de 3% (só ultrapassando este índice em 00,04,08,07,08 e 10).
No ano de 2016 o crescimento do PIB chinês foi de 6,6%, o da Índia de 7,4% e o do Brasil de – (menos) 3,3%.
Não entrarei na armadilha da comparação entre as rendas per-capita dos três países, pois as suas populações possuem efetivos muito diferentes e, certamente, a renda per-capita brasileira deverá ser maior do que a dos outros dois países. Ocorre que a concentração de renda (medida através do Índice de Gini) deve ser mais elevada aqui do que nos outros dois, distorcendo esta eventual comparação.
A partir do fim da Segunda Grande Guerra, China e Índia se tornaram potências nucleares e o Brasil não conseguiu este intento, sujeitando-se de forma subserviente às pressões externas para que pusesse fim a esta pretensão. A Global Firepower, analisando as forças armadas de 125 países no que se relaciona à potência militar de cada um (sem levar em conta o aspecto nuclear), classificou a China em terceiro lugar, a Índia em quarto e o Brasil em décimo sétimo. Considerando-se o aspecto nuclear o Brasil iria para o fim da fila, certamente.
Estudo recente divulgado pelo Fórum Econômico Mundial mostrou aquilo que os principais países do mundo têm feito para se preparar para o futuro digital, analisando 143 países. O Brasil conseguiu um reles 84º lugar, atrás de Ruanda, Ucrânia e El Salvador. Os itens analisados foram: o ambiente regulatório, político e de negócios; inovação; prontidão tecnológica; infraestrutura; preços e competências; uso por governos, indivíduos e empresas; impactos econômicos e sociais.
A Organização Mundial da Saúde – OMS, elaborou um estudo recente sobre a Saúde Mundial, pesquisando os serviços de saúde de 191 países. O Brasil ocupou a 125ª posição no ranking de Sistemas de Saúde no Mundo, situando-se atrás do Paraguai, de El Salvador e do Butão.
A OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico avaliou a situação educacional de 36 países, estabelecendo como critérios o desempenho no PISA, a média de anos que os alunos passam na escola e a percentagem da população que está cursando o Curso Superior. O Brasil ocupou o penúltimo lugar.
Na segunda tragédia buscou-se, com toda a certeza, apagar o nosso futuro, pois o candidato vitimado, dentre todos aqueles com chances efetivas de serem eleitos, é o único liberal, que não responde a nenhum inquérito na justiça e que prometeu uma limpeza geral nos três poderes da república, naquilo que se refere ao desvio de verbas públicas através da corrupção dos agentes do Estado. É também o único que prometeu combater, seriamente, o crime comum e as facções criminosas organizadas, dedicadas ao narcotráfico, ao contrabando, ao roubo de cargas e ao tráfico de armas.
Nosso país já vivenciou algumas boas oportunidades de se transformar em uma potência mundial, mas, infelizmente, as elites nacionais jamais estiveram à altura da obrigação que delas se esperava; isto é, a de dar esse importante passo. Parece que o antigo espírito do colonizador, de extrair riquezas e enviá-las para a matriz, ainda permanece vivo em nossas elites. Uma grande maioria possui contas correntes e aplicações financeiras em paraísos fiscais no exterior, para onde remetem os recursos desviados ilicitamente do tesouro nacional, através de suas maquinações que incluem malversações, concorrências fraudulentas, atividades ilícitas diversas ou simples roubos de bens públicos.
Nossa economia já chegou quase a rivalizar com a da Índia e a da China, notadamente no início do século passado.
Em 1950 o PIB do Brasil era a metade do PIB da China e, também, a metade do da Índia.
Em 1999 o nosso Produto Interno Bruto era de 1.057 bilhões de dólares, enquanto o da Índia era de 1.805 bilhões de dólares e o da China de 4.800 bilhões de dólares. O PIB da China era cerca de 5 vezes o nosso e o da Índia quase duas vezes.
Dezoito anos depois, em 2017, o PIB da China (23 bilhões de dólares) é 7 vezes o do Brasil (3 bilhões de dólares) e o da Índia (9 bilhões de dólares) é 3 vezes o nosso.
Enquanto a China cresceu acima de 7% ao ano, crescimento real, desde 1999 até 2015 (16 anos); a Índia cresceu sempre acima de 5% ao ano no mesmo período de 15 anos (excetuando-se 99/01/02/13 e 14, que foram pouco abaixo); o Brasil, no mesmo período de 15 anos, na maior parte do tempo apresentou crescimento abaixo de 3% (só ultrapassando este índice em 00,04,08,07,08 e 10).
No ano de 2016 o crescimento do PIB chinês foi de 6,6%, o da Índia de 7,4% e o do Brasil de – (menos) 3,3%.
Não entrarei na armadilha da comparação entre as rendas per-capita dos três países, pois as suas populações possuem efetivos muito diferentes e, certamente, a renda per-capita brasileira deverá ser maior do que a dos outros dois países. Ocorre que a concentração de renda (medida através do Índice de Gini) deve ser mais elevada aqui do que nos outros dois, distorcendo esta eventual comparação.
A partir do fim da Segunda Grande Guerra, China e Índia se tornaram potências nucleares e o Brasil não conseguiu este intento, sujeitando-se de forma subserviente às pressões externas para que pusesse fim a esta pretensão. A Global Firepower, analisando as forças armadas de 125 países no que se relaciona à potência militar de cada um (sem levar em conta o aspecto nuclear), classificou a China em terceiro lugar, a Índia em quarto e o Brasil em décimo sétimo. Considerando-se o aspecto nuclear o Brasil iria para o fim da fila, certamente.
Estudo recente divulgado pelo Fórum Econômico Mundial mostrou aquilo que os principais países do mundo têm feito para se preparar para o futuro digital, analisando 143 países. O Brasil conseguiu um reles 84º lugar, atrás de Ruanda, Ucrânia e El Salvador. Os itens analisados foram: o ambiente regulatório, político e de negócios; inovação; prontidão tecnológica; infraestrutura; preços e competências; uso por governos, indivíduos e empresas; impactos econômicos e sociais.
A Organização Mundial da Saúde – OMS, elaborou um estudo recente sobre a Saúde Mundial, pesquisando os serviços de saúde de 191 países. O Brasil ocupou a 125ª posição no ranking de Sistemas de Saúde no Mundo, situando-se atrás do Paraguai, de El Salvador e do Butão.
A OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico avaliou a situação educacional de 36 países, estabelecendo como critérios o desempenho no PISA, a média de anos que os alunos passam na escola e a percentagem da população que está cursando o Curso Superior. O Brasil ocupou o penúltimo lugar.
Tudo isto deixa evidente que, independente de quaisquer fatores supervenientes (dentre eles a propaganda governamental ufanista dos últimos governos de esquerda), ao se comparar Brasil, Índia e China (países que fazem parte do BRICS, organização congregando cinco grandes economias – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – e das quais a nossa é a única que não se constitui em uma potência nuclear) constata-se que as elites chinesas e indianas tiveram maior capacidade de gerenciar e promover o crescimento econômico e militar de seus países do que as nossas elites, a partir do fim da Segunda Grande Guerra e até os dias atuais.
É bem verdade que Índia e China são nações milenares e a nação brasileira possui apenas 518 anos. Todavia, em termos de território e de recursos naturais, nosso país foi mais bem aquinhoado que os outros dois. O nós não temos até o presente (e que eles tiveram no passado) é um projeto nacional formulado por elites patrióticas, competentes e preocupadas com o futuro, que ambicionasse transformar o nosso país em potência econômica e militar e fazer com que o povo participasse deste desenvolvimento.
Quando constato que a China, bem como outros países da Ásia e do Leste Europeu, outrora comunistas, têm incentivado a livre iniciativa em diversos setores da economia, ademais de permitirem a propriedade privada e o lucro, sinto um profundo desânimo, ao perceber que o Brasil segue na contramão disso tudo; levado por elites políticas ideologicamente iludidas, psicologicamente gananciosas e moralmente venais, aliadas a empresários que só pensam em si mesmos e em seus sonhos megalomaníacos de poder e de riqueza, tentando transformar o nosso país capitalista em um país comunista (no qual a falta da liberdade individual e coletiva, a censura aos meios de comunicação e à imprensa , bem como o autoritarismo e o culto a personalidade de alguns hipócritas, tornam mais fácil o desvio dos recursos públicos e impedem a alternância no poder).
Faltou pouco para que tivéssemos nos precipitado em um caminho sem volta. Não fosse a ação rápida, corajosa e patriótica de diversos policiais, procuradores da república, promotores de justiça e juízes, talvez, hoje, já estivéssemos passando por uma situação semelhante àquela pela qual passa a Venezuela, país vizinho em que, após a implantação do Socialismo Bolivariano, os empresários deixaram o país, a produção cessou, o desemprego atingiu enorme contingente populacional e hoje todos aqueles que não fugiram e se refugiaram em países vizinhos, como o nosso, passam fome e necessidades, sofrendo, ainda, violências físicas.
Nos últimos vinte anos, em decorrência da má gestão e da ausência de técnicos competentes em muitos dos 39 ministérios existentes e em vários órgãos públicos espalhados pelos Estados da Federação e na Capital Federal (loteados que foram para políticos e seus apaniguados), perdemos posição em inúmeros setores. Não apenas quando comparados com outros países; mas, quando comparados a nós mesmos no passado. O desvio de recursos públicos foi de tal magnitude, neste período, que o Estado Brasileiro verdadeiramente quebrou.
Quando constato que a China, bem como outros países da Ásia e do Leste Europeu, outrora comunistas, têm incentivado a livre iniciativa em diversos setores da economia, ademais de permitirem a propriedade privada e o lucro, sinto um profundo desânimo, ao perceber que o Brasil segue na contramão disso tudo; levado por elites políticas ideologicamente iludidas, psicologicamente gananciosas e moralmente venais, aliadas a empresários que só pensam em si mesmos e em seus sonhos megalomaníacos de poder e de riqueza, tentando transformar o nosso país capitalista em um país comunista (no qual a falta da liberdade individual e coletiva, a censura aos meios de comunicação e à imprensa , bem como o autoritarismo e o culto a personalidade de alguns hipócritas, tornam mais fácil o desvio dos recursos públicos e impedem a alternância no poder).
Faltou pouco para que tivéssemos nos precipitado em um caminho sem volta. Não fosse a ação rápida, corajosa e patriótica de diversos policiais, procuradores da república, promotores de justiça e juízes, talvez, hoje, já estivéssemos passando por uma situação semelhante àquela pela qual passa a Venezuela, país vizinho em que, após a implantação do Socialismo Bolivariano, os empresários deixaram o país, a produção cessou, o desemprego atingiu enorme contingente populacional e hoje todos aqueles que não fugiram e se refugiaram em países vizinhos, como o nosso, passam fome e necessidades, sofrendo, ainda, violências físicas.
Nos últimos vinte anos, em decorrência da má gestão e da ausência de técnicos competentes em muitos dos 39 ministérios existentes e em vários órgãos públicos espalhados pelos Estados da Federação e na Capital Federal (loteados que foram para políticos e seus apaniguados), perdemos posição em inúmeros setores. Não apenas quando comparados com outros países; mas, quando comparados a nós mesmos no passado. O desvio de recursos públicos foi de tal magnitude, neste período, que o Estado Brasileiro verdadeiramente quebrou.
O funcionalismo em muitos dos Estados da federação ficou sem receber salários, os serviços públicos praticamente pararam; o déficit orçamentário federal chegou a cerca de R$ 200 bilhões. Estranhamente, nenhuma mordomia dos políticos e das autoridades dos três poderes foi cortada; pelo contrário, salários foram aumentados, frotas novas de veículos foram adquiridas, auxílios moradias foram concedidos para quem já possuía residência própria ou funcional, etc. etc. etc. Em contrapartida, aumentaram os impostos, o preço dos derivados do petróleo, a energia elétrica, congelaram-se os aumentos salariais da classe trabalhadora, modificaram para pior as condições para a aposentadoria, reduziram-se benefícios da previdência e da Consolidação das Leis trabalhistas – CLT, etc. etc. etc.
Enquanto isto, o crime campeia nas capitais do país. Milhares de policiais e agentes da lei e da ordem são assassinados anualmente, além dos milhares de cidadãos que são vitimados nos latrocínios e nos combates travados nas periferias das grandes cidades brasileiras.
Milhares de empresas industriais, comerciais e de serviços encerraram suas atividades, desempregando enormes contingentes de trabalhadores que vivem pelos sinais de trânsito, nas esquinas, vendendo balas ou engrossando as fileiras do crime e da contravenção.
Nosso país possui, segundo informações divulgadas pela imprensa, cerca de 70 mil políticos nas esferas municipais, estaduais e federal. Possui perto de 13 mil assessores parlamentares na câmara federal, perto de 5 mil assessores parlamentares no senado, 27 mil assessores nas câmaras estaduais e 600 mil nas câmaras municipais, totalizando cerca de 700 mil funcionários não concursados, a um custo total acima de 128 bilhões de reais por ano. Possui 37 partidos políticos registrados e mais 73 em formação.
Em outubro próximo teremos eleições para presidente, senador, deputado estadual e deputado federal. Inúmeros políticos (envolvidos em ilícitos penais e denunciados por empresários beneficiados com a delação premiada) que tentam a reeleição, o fazem para manter o foro especial e, assim, escaparem de ser julgados nos tribunais de primeira instância por crimes comuns de roubo de dinheiro público com as suas agravantes de contrabando de divisas, formação de quadrilha, intimidação de testemunhas, ameaças a autoridades judiciárias, destruição de provas, etc. etc. etc. Nos tribunais superiores onde serão julgados, muitas vezes, são absolvidos ou as penas prescrevem e os processos são arquivados antes de terem sido julgados.
Frente a todo esse panorama, pintado em breves pinceladas, eu e muitos outros brasileiros patriotas, por vezes, nos sentimos desanimados de prosseguir lutando, para tentar esclarecer e alertar o nosso povo (inocente, despolitizado, crédulo, de pouca leitura e preocupado, apenas, com a sobrevivência diária e com o laser) sobre a importância crucial desta próxima eleição. Tratar-se-ia de uma encruzilhada que, ao definir o rumo político - ideológico que tomaremos nos próximos anos, selará, talvez de forma definitiva, o nosso destino de nação.
Àqueles que, como eu, estão quase desanimados de prosseguir nesta missão ingrata de ‘enxugar gelo’, falando ou escrevendo, quase sempre, para ‘ouvidos moucos’ ou 'olhos míopes' (de seres humanos que, não compreendendo a gravidade do momento, trocam a sua liberdade e independência futuros por uns míseros trocados, um subemprego, uma sinecura, um nepotismo ou por promessas falsas de felicidade eterna no ‘reino dos céus’), só tenho a desejar que não capitulem nesta árdua missão, conclamando-os: - ANIMAIS, AMIGOS! NÃO DESANIMAIS!
Enquanto isto, o crime campeia nas capitais do país. Milhares de policiais e agentes da lei e da ordem são assassinados anualmente, além dos milhares de cidadãos que são vitimados nos latrocínios e nos combates travados nas periferias das grandes cidades brasileiras.
Milhares de empresas industriais, comerciais e de serviços encerraram suas atividades, desempregando enormes contingentes de trabalhadores que vivem pelos sinais de trânsito, nas esquinas, vendendo balas ou engrossando as fileiras do crime e da contravenção.
Nosso país possui, segundo informações divulgadas pela imprensa, cerca de 70 mil políticos nas esferas municipais, estaduais e federal. Possui perto de 13 mil assessores parlamentares na câmara federal, perto de 5 mil assessores parlamentares no senado, 27 mil assessores nas câmaras estaduais e 600 mil nas câmaras municipais, totalizando cerca de 700 mil funcionários não concursados, a um custo total acima de 128 bilhões de reais por ano. Possui 37 partidos políticos registrados e mais 73 em formação.
Em outubro próximo teremos eleições para presidente, senador, deputado estadual e deputado federal. Inúmeros políticos (envolvidos em ilícitos penais e denunciados por empresários beneficiados com a delação premiada) que tentam a reeleição, o fazem para manter o foro especial e, assim, escaparem de ser julgados nos tribunais de primeira instância por crimes comuns de roubo de dinheiro público com as suas agravantes de contrabando de divisas, formação de quadrilha, intimidação de testemunhas, ameaças a autoridades judiciárias, destruição de provas, etc. etc. etc. Nos tribunais superiores onde serão julgados, muitas vezes, são absolvidos ou as penas prescrevem e os processos são arquivados antes de terem sido julgados.
Frente a todo esse panorama, pintado em breves pinceladas, eu e muitos outros brasileiros patriotas, por vezes, nos sentimos desanimados de prosseguir lutando, para tentar esclarecer e alertar o nosso povo (inocente, despolitizado, crédulo, de pouca leitura e preocupado, apenas, com a sobrevivência diária e com o laser) sobre a importância crucial desta próxima eleição. Tratar-se-ia de uma encruzilhada que, ao definir o rumo político - ideológico que tomaremos nos próximos anos, selará, talvez de forma definitiva, o nosso destino de nação.
Àqueles que, como eu, estão quase desanimados de prosseguir nesta missão ingrata de ‘enxugar gelo’, falando ou escrevendo, quase sempre, para ‘ouvidos moucos’ ou 'olhos míopes' (de seres humanos que, não compreendendo a gravidade do momento, trocam a sua liberdade e independência futuros por uns míseros trocados, um subemprego, uma sinecura, um nepotismo ou por promessas falsas de felicidade eterna no ‘reino dos céus’), só tenho a desejar que não capitulem nesta árdua missão, conclamando-os: - ANIMAIS, AMIGOS! NÃO DESANIMAIS!
_*/ Economista e Doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.
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