quinta-feira, 17 de setembro de 2020

 398. A Ilha do Tesouro


Jober Rocha*



                        A Ilha do Tesouro, obra escrita por Robert Louis Stevenson em 1883, trata-se de um livro sobre piratas e tesouros enterrados.

                                  Resumidamente, no século XVIII, o jovem inglês Jim Hawkins parte para uma grande aventura: buscar um tesouro, enterrado por piratas em uma ilha distante e perdida, situada no meio do oceano.  Mas a viagem não seria tranquila, pois Hawkins iria se deparar com muitos piratas e outros diversos perigos, que rondam os mares e os oceanos do planeta.

                                    O Brasil embora um país continental, se assemelha muito a uma ilha. Está situado em um continente isolado geograficamente por dois oceanos, possuindo uma costa marítima de 7.367 km, banhada pelo oceano Atlântico, que consiste em seu limite geográfico pelo lado leste.

                                 O contorno da costa brasileira aumenta para 9.200 km se forem consideradas as saliências e reentrâncias do litoral. O litoral brasileiro é extenso e pouco recortado.

                                    O Norte do Brasil, com uma área de 3.870.000 km²     engloba os estados de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A floresta tropical da Amazônia, célebre pela sua biodiversidade, abrange a maior parte desta região.

                                      Os países com os quais fazemos fronteiras são todos de origem hispânica e de língua espanhola, a exceção das Guianas. Somos o único país no novo continente a falar a língua portuguesa; portanto, podemos dizer que, também, cultural e socialmente estamos bastante isolados, como uma ilha.

                                     A Natureza escondeu em nosso território, desde o surgimento do planeta, recursos naturais, minerais e uma biodiversidade tal, que este nosso país é, ainda hoje, cobiçado por inúmeros piratas em todo o mundo, como uma verdadeira ilha onde estão enterrados tesouros incalculáveis.

                                         O povo brasileiro, da mesma forma como era costume ocorrer com muitos dos ilhéus, inocentes e crédulos, existentes em inúmeras ilhas situadas em mares e oceanos ao redor da Terra, sempre acreditou que aqueles estrangeiros que aqui aportavam, distribuindo miçangas, espelhos e aguardente, estavam bem intencionados e procuravam nos ajudar, de forma desinteressada, a fazer parte do rol dos países desenvolvidos.

                                      Em primeiro lugar somos cobiçados pelo sistema financeiro internacional, cujos bancos aqui instalados arrecadam os maiores lucros de todas as suas agências nos demais países onde operam. As taxas de juros aqui cobradas dos clientes são as mais elevadas do mundo.

                                  Em segundo lugar somos cobiçados pelas mineradoras internacionais, que levam embora nossas riquezas minerais, armazenadas desde a criação do planeta, a preços vis; considerando os preços que pagamos pelos produtos processados importados, que contém os minerais que daqui levaram. 

                                          Dentre os muitos tipos de minérios aqui encontrados, o nosso país se destaca na produção, sobretudo, de ferro (hematita), estanho (cassiterita), alumínio (bauxita), manganês (pirolusita), ouro, nióbio, titânio, urânio, sal, calcário, barita, areia, caulim, níquel, chumbo, cobre e zinco.

                                        Você dirá: - mas, e a tecnologia embutida nos produtos que importamos? Vale muito isto!

                                              Sem os nossos minerais, vendidos a preços vis, alguns deles somente aqui existentes, como o nióbio, do qual detemos 98% das jazidas mundiais, a tecnologia deles não teria o destaque que têm no mundo todo.

                                             O fato é que os donos do mundo importam do nosso país produtos primários a preços vis, usam tais produtos para criar novos produtos de base tecnológica e os vendem a nós mesmos a preços caríssimos. Isto não é nenhuma novidade, pois já ocorria nos tempos em que éramos uma colônia de Portugal e ainda continua a ocorrer nos dias atuais.

                                           A China, que não possui em seu território as riquezas que temos no nosso, tornou-se a segunda maior potência mundial, abaixo apenas dos USA, sediando empresas do mundo todo, atraídas por sua mão de obra barata, pela reduzida burocracia para implantação de empresas e para regras trabalhistas e pelas facilidades proporcionadas por abundância de mão de obra especializada. Obviamente os chineses, depois da revolução cultural que durou dez anos, de 1968 a 1978, passaram a possuir planos de longo prazo e projetos nacionais objetivando tornar seu país uma potência mundial.

                                            Nós, com todo o nosso potencial de riquezas naturais, não tivemos elites a altura das nossas necessidades a partir do final dos governos militares, que duraram de 1964 à 1985; conforme os dados, a seguir, tornarão bem evidentes.

                                          Embora entre 1948 e 1981 o Brasil tenha sido um dos países que mais cresceu no mundo, a uma média superior a 7% a.a. (o que significava que o tamanho da economia brasileira dobrava a cada 10 anos), alguma coisa faltou às nossas autoridades a partir do final da década de 1980. Sem sofrer nenhum cataclismo ou passar por alguma condição climática adversa, o nosso país, após o término dos governos militares, acabou por perder o bonde da história, em razão da falta de um projeto de longo prazo, por parte de nossas elites, para nos transformar em uma potência mundial pertencente ao Primeiro Mundo. Podemos creditar isto a alguns fatores: governos de tendência esquerdista e falta de visão de nossas elites; corrupção de nossos políticos; influência de ideologias internacionalistas, corruptoras de nossos valores e costumes tradicionais; inocência, servilismo, despolitização e credulidade de nossa população.

                                            O Brasil, em 1978, possuía um Produto Interno Bruto de US$ 200,8 bilhões e uma população de 115 milhões de habitantes.

                                            A China, por sua vez, no mesmo ano de 1978, era um país relativamente pobre, quando comparado ao Brasil, com um Produto Interno Bruto de US$ 150 bilhões e uma população de 800 milhões de pessoas; ou seja, com uma população quase oito vezes maior do que a nossa e com um PIB 50 bilhões de dólares menor do que o nosso. A China estava, portanto, em pior situação que o Brasil, naquela ocasião.

                                        Hoje o Brasil possui uma população de 209 milhões de habitantes e um PIB de 2,35 trilhões de dólares. A China conta com 1,40 bilhão de habitantes e um PIB de US$ 16 trilhões, segundo dados do FMI; ou seja, um PIB quase sete vezes maior do que o do Brasil e uma população também quase sete vezes maior. Hoje o Brasil está em uma situação muito pior do que a da China, que, inclusive, está na atualidade comprando setores, industriais e de serviços, inteiros em nosso país,

                                              A China é a segunda economia mundial e o Brasil a sétima, em termos de Produto Interno Bruto. Em termos de infraestrutura de transportes, de forças armadas, de parque industrial, de educação, de saúde, de segurança, creio que a distância que nos separa é muitas vezes maior.

                                                  O Brasil, em que pese tudo isto, continua sendo uma ilha do tesouro, aonde os demais países do mundo vêm buscar os alimentos e os minérios de que necessitam e os seus empresários vêm enriquecer, adquirindo empresas mineradoras, agroindustriais, de transportes aéreos, de geração e de distribuição de energia, de telecomunicações, do setor financeiro, de montagem de veículos e aeronaves, de eletro eletrônicos, de alimentos industrializados, etc.

                                              Grande parte destes setores mencionados já pertence a empresários e a governos estrangeiros, criando um problema para as gerações futuras resolverem, que é o da desnacionalização de nossas riquezas e de nossa indústria de bens e serviços.

                                      Políticos e autoridades venais permitiram a desnacionalização de diversos setores estratégicos; bem como, a criação de nações indígenas autônomas dentro do território nacional, mediante verdadeiros crimes de lesa pátria. Algumas dessas nações indígenas, situadas em extensas áreas na Região Norte, já negociaram parte de suas terras, bem como a exploração de minérios e de madeira, com grupos estrangeiros, mediante contratos firmados em cartórios da região, segundo noticias veiculadas na mídia. Tais contratos, possuem valor jurídico mundialmente, notadamente em uma economia globalizada.

                                            A maior parte das terras indígenas concentra-se na Amazônia Legal: são 424 áreas, totalizando 115.344.445 hectares, representando 23% do território amazônico e 98.25% da extensão de todas as terras indígenas do país. São áreas riquíssimas em minerais e em biodiversidade. Muitos inocentes úteis argumentam que os índios são os verdadeiros donos do país. Foram, mas, infelizmente para eles, em uma época em que o direito da força era o único que valia e era respeitado, perderam para os portugueses o seu território, que ocuparam anteriormente, talvez expulsando outras tribos que aqui já estavam antes deles. A História não pode ser mudada e querer rediscuti-la, ou os vencidos quererem questionar os vencedores, é “chover no molhado”.

                                        Mas, voltando  ao assunto anterior, com a globalização da economia e a nossa participação em tratados e acordos internacionais, ficara, cada vez mais, difícil anular estas vendas, revertendo situações criadas no passado pelo descaso e/ou conivência de autoridades.

                                            O fato é que, como já dito anteriormente, somos uma verdadeira ilha do tesouro, cobiçada por todos os piratas do mundo. Só que esses piratas possuem dinheiro e poder fora da ilha e autoridades cúmplices na ilha, cujo trabalho é o de levantar a localização dos tesouros, maquinar a forma de assegurar aos piratas as suas propriedades e os ajudar a extraí-los, ficando, evidentemente, com parcela substancial destes tesouros descobertos e subtraídos dos brasileiros.

                                             A ilha é tão rica que os piratas não hesitam em fomentar protestos internacionais contra as nossas Políticas Ambiental, de Saúde e de Educação; de criticar, através da mídia venal, a presença de militares em cargos do Poder Executivo; de tentar processar autoridades do atual governo, inimigas mortais de piratas, em fóruns e organismos internacionais, etc. Tudo fazem para destruir aqueles que procuram cercear suas atividades lesivas e atuações criminosas, impedir seus golpes nefastos contra a soberania brasileira e a propagação da ideologia marxista que esposam, visando contaminar os ilhéus e cooptá-los e anestesia-los para não oferecerem resistência a pilhagem que fazer e desejam continuar fazendo.

                                            Para evitar esta dilapidação que poderá, futuramente, conduzir a uma convulsão interna e fazer com que percamos parte da ilha, já tomada, de fato, pelos insaciáveis piratas, necessitaríamos de forças armadas fortes, patriotas e bem equipadas. 

                                               Precisaríamos, urgentemente, de uma marinha bem equipada que impedisse o desembarque de bucaneiros em nosso vasto litoral.  Necessitaríamos da construção de fortes e fortalezas em locais sensíveis a invasões. Carecemos da reestruturação e do reequipamento do nosso exército, da nossa marinha e da nossa força aérea. 

                              Falta-nos a realização de eleições verdadeiramente livres de fraudes. Necessitamos de punições exemplares, inclusive com penas de prisão perpétua para os crimes de traição e de lesa pátria; bem como, para os crimes de corrupção passiva e ativa (crimes estes que contribuem para o genocídio de populações inteiras). 

                                     Torna-se urgente o fim do foro privilegiado para autoridades criminosas. Precisamos combater sem tréguas o crime organizado e o narcotráfico. É imprescindível a proibição de registro no Tribunal Regional Eleitoral dos partidos políticos cujos programas de governo sejam de tendência comunista, fascista e nazista.

                                               Enfim, é preciso que nós, os brasileiros, verdadeiros donos desta grande ilha, passemos à ação e tomemos a iniciativa, para que possamos usufruir de seus imensos tesouros e riquezas e que não nos acovardemos e vivamos, eternamente, em uma servidão consentida, programada para ser proporcionada por um Estado autoritário socialista bolivariano, sendo espoliados constantemente por países estrangeiros, aliados a autoridades nacionais venais e antipatrióticas, que não hesitam vender ou em se apropriar daquilo que pertence historicamente ao povo brasileiro, descendentes daqueles pioneiros que conquistaram este território e o conservaram unido, ao longo dos anos, para as gerações futuras.

                                             Esta ilha, segundo costumava dizer um comentarista da TV muito conhecido, “precisa ser passada a limpo” e ver-se livre de piratas e aventureiros.


_*/ Economista e doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.




terça-feira, 15 de setembro de 2020

 397. Onde estarão os nossos Policarpos Quaresma?


Jober Rocha*



                              Policarpo Quaresma foi um personagem do escritor Lima Barreto (1881-1922), cuja literatura sempre esteve a serviço da indignação, seja contra o preconceito aos pobres e mestiços ou contra a insensibilidade dos mais ricos, a superficialidade dos burocratas, a corrupção dos políticos e a esterilidade criativa dos falsos artistas. Para ele a função mais importante da Literatura era desmascarar os falsos valores e as instituições que exploram a inconsciência popular.
                                 O seu personagem Policarpo Quaresma pode ser identificado com muitos de nós, brasileiros patriotas, que ainda acreditam no futuro do país como potência; em que pese uma parcela importante da nossa sociedade, notadamente ocupando altos postos nos três poderes da república pensar de modo diferente e contrário, preferindo ver nossas riquezas drenadas para potências estrangeiras em troca de dinheiro e de apoio político para seus sonhos megalomaníacos de poder.
                                     Policarpo era um modesto funcionário público que tinha um projeto de desenvolver o país, na época do governo de Floriano Peixoto, através, inicialmente, de uma revolução cultural (que se mostrou impraticável), depois de uma revolução na agricultura (que também se mostrou impraticável) e, finalmente, de uma revolução política, como voluntário na revolta da Armada em 1893, onde encontrou seu fim.
                                     Policarpo, puro de coração e patriota convicto, via o país como um celeiro de farturas, de possibilidades, de amor, de entendimento, de experiências novas.
                                  Infelizmente, tudo aquilo que tentou mostrou-se infrutífero, demonstrando o abismo existente, já naquela época, entre o sonho dos homens bons e do bem e a dura realidade praticada pelos homens maus e do mal.
                                       A obra de Lima Barreto, cujo título é “Triste Fim de Policarpo Quaresma” consistiu, segundo os críticos da época, em uma sátira contra o Brasil oficial, onde dominavam generais sem batalhas e almirantes sem navios. O livro corresponde ao período da história do Brasil, em que o Marechal Floriano Vieira Peixoto governou o país como o segundo presidente do Brasil, desde 23 de Novembro de 1891, com a renúncia de Deodoro da Fonseca, até 15 de Novembro de 1894, com a entrega do cargo para o presidente Prudente de Morais, após as primeiras eleições diretas do Brasil republicano.
                                    A obra, segundo os críticos, consiste em uma alegoria contra a burocracia, formada por pessoas sem consistência moral ou profissional, contra uma política em que predominavam os corruptos e entreguistas, contra a passividade e tolerância do povo (que se deixava conduzir como rebanho ao matadouro), contra a falta generalizada de objetivos de longo prazo. Vivia-se o dia de hoje.
                                        Cerca de cento e vinte anos depois (pois o livro foi publicado em folhetim em 1911) nós podemos afiançar que quase nada mudou, embora a população tenha evoluído de 24 milhões de habitantes para 209 milhões e o Produto Interno Bruto - PIB de 18.481 milhões de reais, de 2008, para 3.338.702. 
                                             O país continua enormemente burocratizado, os corruptos predominam na política nacional e o povo do bem continua tolerante e passivo, as forças armadas sucateadas, as polícias e o Ministério Público impedidos de combater os crimes das elites, embora o povo do mal se mantenha, cada vez mais, violento e ativo.
                                           Um fator novo, todavia, foi introduzido no país neste intervalo de tempo: a ideologia autoritária marxista, que, de forma sub-reptícia e a sorrelfa, dominou corações e mentes de inocentes brasileiros com propostas mentirosas e mirabolantes do alcance de um paraíso terrestre pelas mãos dos ativistas e militantes dos partidos de esquerda, inicialmente clandestinos e depois legalizados. O paraíso ocorreu, sim, mas para os dirigentes, ideólogos e ativistas destes partidos de esquerda, a maioria deles hoje sem problemas financeiros, muitos aposentados com vultosos salários, outros com polpudas contas correntes em paraísos fiscais espalhados pelo mundo. O povo? Continua como sempre, passando necessidades, desempregado ou com baixos salários, sem assistência médica, sem transportes, sem saneamento, sem educação e sem segurança.
                                           A partir dos primeiros governos de esquerda no país, em 1995, até o último, em 2018, a administração pública, nos três poderes, foi inflada com militantes e simpatizantes dos partidos de esquerda, em um verdadeiro aparelhamento visando à implantação de um regime comunista no país, eufemisticamente chamado de socialismo bolivariano nos demais países do continente.
                                                Em que pese tudo isto ocorrido nas últimas três décadas, acrescido do roubo, puro e simples, do dinheiro público, através de concorrências fraudadas; dos crimes de lesa pátria e de traição cometidos por muitas autoridades, da sonegação fiscal, do contrabando de divisas; da formação de quadrilhas exclusivamente destinadas à pilhagem da coisa pública; da formação de uma cleptocracia que governa o país, extraoficialmente, tolhendo as ações do presidente eleito que começou a governar em 2019; ainda existem,, no mínimo, cinquenta e sete milhões de Policarpos Quaresma em nosso país e que, com seus votos, elegeram Jair Bolsonaro presidente. 
                                       Estes são aquelas pessoas do bem que acreditam na possibilidade de nos desenvolvermos e chegarmos a fazer parte do Primeiro Mundo, tanto econômica quanto socialmente. São aqueles que trabalham e se esforçam para que progridamos econômica, política, militar e psicossocialmente. Fazem parte de uma multidão silenciosa que necessita de um líder tão patriota quanto eles, disposto a enfrentar todo um exército do mal infiltrado e treinado, durante décadas, nas táticas subversivas dos costumes e dos valores da nacionalidade.
                                          Este exército do mal que terão de enfrentar está acostumado ao desvio de recursos públicos; às sinecuras; ao nepotismo; ao apadrinhamento político; às mentiras; as sabotagens; a venda de terras, empresas e consciências a países estrangeiros; bem como, a traições e crimes de lesa pátria. Algum dia, que espero não demore muito, todos eles serão levados aos bancos dos réus e pagarão por seus crimes perpetrados contra o povo brasileiro.
                                             Como disse Abraham Lincoln: “Pode-se enganar a todos, por algum tempo; se pode enganar alguns, por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos, durante todo o tempo”.
                                                  Em breve o povo brasileiro se dará conta de que tem sido enganado, ao longo de décadas, por gente má, traiçoeira e vil cujo único objetivo na vida é enriquecer de modo fácil através da política, desviando dinheiro público em benefício próprio. Esta é a verdadeira causa da miséria e da pobreza existentes em nosso Brasil, “país rico por natureza” como costumava dizer Policarpo Quaresma, que imaginava um governo forte, respeitado, inteligente, que removesse todos esses óbices e entraves ao nosso desenvolvimento econômico e social.
                                          As eleições se aproximam. Este ano teremos que escolher os novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.
                                        Que saibamos selecionar os nossos novos representantes, não reelegendo ninguém. Política não é profissão. Um mandato é mais do que suficiente, principalmente, por que os políticos, votando em causa própria, estabeleceram suas aposentarias após dois mandatos. Aposentam-se com elevados salários e diversas 'mordomias' em apenas oito anos, muitos deles sem jamais terem apresentado nenhum projeto de lei ao parlamento e diversos tendo apoiado projetos contrários aos interesses do povo e do Estado brasileiros. 
                                           Que não votemos em candidatos que sempre tomaram partido contra os interesses de seus eleitores e do povo, em geral. Que não votemos em candidatos de partidos que, historicamente, em vários países do mundo, se aproveitam da democracia neles existente para instaurar regimes ditatoriais que, logo após eleitos, extinguem os demais partidos e instauram o partido único, comunista.
                                           Que sejamos todos nós, cidadãos de bem, espalhados por todo o território nacional, novos Policarpos Quaresma em defesa do nosso país, das nossas instituições republicanas, de nossos tradicionais costumes e da nossa tradicional moral, fazendo com que, desta vez, proporcionemos, com os nossos votos em urnas livres de fraudes, um final diferente daquele da obra de Lima Duarte.


_*/ Economista e doutor pela Universidade de Madrid, Espanha.